domingo, 31 de dezembro de 2006

Aniversário / Feliz Ano Novo / Qualquer coisa em que estou a pensar mas agora não consigo encontrar o termo correcto para expressar

Parte "Aniversário"

O nosso filhote virtual já tem um ano! A data foi asinalada com pompa e circunstância na principal casa de eventos do burgo e até foram cantados os Parabéns! No entanto, o blog não apareceu para pagar copos, mas ofereceu o bolo. A música esteve a cargo de um dos pais do blog, o 3xl, e do seu sobrinho, o Bonito, como era tratado pelas fêmeas presentes. Correu tudo bem, pelo menos do que consigo recordar... Festa é festa.
Adiante, deixo aqui uma pequena retrospectiva do que foi este último ano de actividade soviético-bloguística:

Primeiro post
Sugestões musicais por Ipsis Verbis
Ultra Soviet
Análise socio-cultural por 3xl
Crónica desportiva por Bird
Soviet comedy por tito_C
Pseudo-concurso de fotografia

Eh pá e há mais e tal mas para isso é que vocês têm tempo livre, busquem, "searchem"!
(Isto foi um bocado encurtado porque já foi fora de tempo e já não estava com grande paciência para procurar nos 220 e tal posts que isto já leva...)

Parte "Feliz Ano Novo"

2006 foi um ano em grande para Valverde. Entre outras coisa recordo que surgiram os Ultra Soviet que vieram animar todo o Distrital e passar uma imagem bastante saudável de Valverde, surgiu a primeira produção soviética desde a queda do verdadeiro bloco comuna (vocês sabem do que é que eu estou a falar...) que partiu o cérebro a muita gente- o infâme STEINZ, que coincidiu com a apresentação ao mundo do ainda mais infâme Movimento Cultural Pouca Farinha que surgiu das profundezas dos infernos para combater tudo o que de bom existe na terra (sarcasmo devidamente certificado pela UE). Ah! Já me estava a esquecer do blog que nasceu numa terra onde supostamente só havia analfabetos, toxicómanos, delinquentes e violadores de criancinhas: o grandioso, à escala, Blog de Valverde City! Houve bué de cenas que aconteceram no país e no mundo mas para isso há retrospectivas nos telejornais mais logo. Se me esqueci de alguma coisa é favor reclamar, no bom sentido...

Parte "Qualquer coisa em que estou a pensar mas agora não consigo encontrar o termo correcto para expressar"

É aqui que interessa chegar com toda esta conversa sem jeito nenhum, os agradecimentos a todos os que tornaram possível este blog não ser um fiasco e que contribuiram com bom-humor, alegria, raiva, cobardia, paciência, e tudo o resto que nos torna humanos.
Obrigado 3xl por tudo o que nem vale a pena citar aqui, sabes bem a importância que tiveste nisto tudo.
Obrigado Bird por teres mantido a casa a funcionar quando não se adivinhava inspiração em mais lado nenhum, e pela crónica desportiva, um dos pulmões do blog.
Obrigado Johny/Joãozito e Ipsis Verbis, acho que não se importam de partilhar o agradecimento, pela boa-disposição com que foram sugerindo música, jogos, exercícios de humor e bué de outras merdas que vocês vão desencantando por esse vosso mundo fora.
Obrigado Jeronimo, Nana, Mango, Salo (grande força nestes ultimos tempos), Tcheck e Prof, pelos contributos variados/interessantes/diferentes que deram ao blog no ano que passou.
Muito obrigado a todos!
Só mais uma coisa, à população que vai lendo. É importante que a terra se una de uma vez por todas, a juventude que aí vem merece-o assim como o merecíamos nós e ninguém no-lo ofereceu. É importante que, de uma vez por todas, se perceba que Valverde é uma pequena ex-aldeia que só a muito custo conseguirá manter uma identidade própria e que sem a união de todos, apesar das diferenças de pensamentos, seremos absorvidos pelo urbanismo fundanense. Deixem-se de tretas!


Feliz Ano Novo!

sábado, 30 de dezembro de 2006

Se não nos virmos antes, um bom ano para todos

Este é o grande mestre. Fiquem com ele, com esta música de Burt Bacharach e com um bom ano.

sexta-feira, 29 de dezembro de 2006

Onde está o soviético?

Quem encontrar um Soviético no videoclip que se segue e conseguir identificá-lo condignamente (Pelo menos com o nome) Recebe um prémio

P.S. - O prémio pode ser uma garrafa de Casal Garcia ou de Sumol. O vencedor é que escolhe.

P.S. 2 - Ideia original e apoio do Movimento Pouca Farinha

quinta-feira, 28 de dezembro de 2006

17000!


Mais uma milena. Eu tenho o rescaldo do aniversário/ano quase pronto, não tenho tido muito tempo, nem inspiração mas a retrospectiva da festa será detalhada. Por aqui me fico, no pacato Blog de Valverde City.
Não faço a mínima ideia de quantas pessoas lêm regularmente o blog.
Era engraçado criar um fórum de Valverde. Eu não serei a pessoa indicada porque nem do blog dou conta sozinho.
É uma ideia.
Já me calei.
Abraço.

Nota: O contador só está activo desde 1 de Fevereiro. (Isto de andar a contar as visitas está a tornar-se monótono.)

terça-feira, 26 de dezembro de 2006

Um bocadito de historia sobre Valverde

ORIGENS

Dada a preciosa arqueologia da região do Fundão, é natural pensar-se que o lugar de Valverde assenta em território povoado na época romana e com população já em época pré e proto-históricas.
Mas a povoação deve ter origem já nacional, ligando-se com o repovoamento do lugar do Fundão de que Valverde fica muito próximo.
As inquirições de D. Dinis, ainda não citam o lugar, mas nas de D. João I, em 1395, há dois títulos que lhe respeitam: um respectivo a Valverde e outro que concerne a Pouca Farinha, pois que a coroa possuía haveres nestes dois lugares da actual freguesia. O facto de o lugar ser omitido nas inquirições de 1290 deve-se a nada haver nele de particular, ou porque estaria todo incluído em propriedade real ou terra foreira.
Passou depois de 1834 a vigaria, integrou o concelho do Fundão desde a sua fundação.


PERSONAGENS HISTÓRICAS E ILUSTRES

- D. João de Oliveira Matos
Nasceu em Valverde em 1 de Março de 1879, frequentou o Seminário da Guarda e foi ordenado Presbítero em 28 de Março de 1903. Celebrou a 1ª missa no Fundão em 3 de Abril de 1904.
Foi pároco de Santa Maria em Celorico da Beira, foi Cónego Capitular da Diocese da Guarda, recebeu a ordenação episcopal no dia 25 de Julho de 1923, fundou a Liga dos Servos de Jesus a 17 de Fevereiro de 1924, faleceu a 29 de Agosto de 1962, encontra-se sepultado na Capela do Outeiro de São Miguel para onde foi transladado em 21 de Novembro de 1972.



PATRIMÓNIO HISTÓRICO


Igreja Matriz: datada do séc. XVIII e que provavelmente, assentará sobre uma outra e mais antiga do séc. XIII, impõem-se pela sua harmonia, onde nos merece especial atenção a pia baptismal, que assenta em quatro cabeças de animais em que avulta a dentuça.
A seu lado encontra-se uma elegante torre sineira, caracteristicamente separada da igreja por ter sido construída mais tarde, e bem na frente um cruzeiro que ostenta na sua base uma elucidativa data – 1777 – que revelará, talvez o ano em que terminou a construção da igreja.
Capelas de São Domingos, Mártir São Sebastião no Carvalhal, e Divino Espírito Santo.

Para além do património religioso, há ainda a salientar o património cultural edificado, como a fonte de São Sebastião, desenhada e construída pelo mestre pedreiro Bernardo Duarte Pereira no ano de 1858, Fonte dos Mouros, Fonte da Cale, Fonte da Corredora, Fonte Funda ou Fonte de Mergulho e várias casas de habitação outrora pertença de cristãos novos, uma das quais ostenta na sua soleira a data de 1575.

LENDAS

A Cama do Mouro:
No caminho da Várzea para as Ínsuas, há um pequeno monumento funerário a que se tem chamado cama do mouro, também ali se diz ter sido sepultado um rei mouro que aqui foi derrotado durante as guerras da cristandade, faleceu e espia as suas penas.
Trata-se de um modelo de campa funerária em que se pode verificar a forma anatómica de possível colocação do corpo de um morto, do tipo de sepulturas antropomórficas.
Terá sido com muitas probabilidades um túmulo funerário ou estará relacionado com outros monumentos de tipo religioso chamados de almas ou alminhas.

São Miguel:
Padroeiro e orago da Paróquia de Valverde, consta que em tempos passados se realizava neste freguesia a feira de São Miguel e que terá sido retirada desta freguesia para uma outra vizinha por causa de uma manhosa habilidade, as gentes de Tortosendo terão pedido a estátua do Anjo São Miguel a fim de na sua terra lhe fazerem a festa. Acontece que Valverde concordou emprestar a estátua com a condição de lhe ser devolvida e de nunca serem viradas as costas do anjo para esta freguesia.
Ora diz-se que foi isto que aconteceu, as gentes de Tortosendo romperam o tratado e viraram o Anjo de costas para Valverde, tendo-se assim perdido o Anjo e a respectiva feira.

ORAGO (SANTO PADROEIRO)

S. Miguel. Celebra-se a sua festa a 29 de Setembro.

quarta-feira, 20 de dezembro de 2006

Nunca é tarde para Recordar

Em mais uma das minhas visitas a uma cidade que bem conheço trouxe para toda a comunidade fotos dum local histórico para a nossa liberdade.
Espero que gostem e não se esqueçam que temos hoje um Natal em democracia devido a uns malucos que dali fugiram.

" Fazemos o caminho de volta e chegamos ao Forte de Peniche. Fortaleza e cidadela são outras denominações utilizadas para referir esta fortificação. Em tempos, foi a sede de um importante complexo militar, edificado para a protecção da costa. Juntamente com o da Consolação e o das Berlengas, fazia parte de uma importante malha defensiva.Mais tarde, sofreu várias utilizações, vindo a funcionar como prisão política na época do Estado Novo.

Este forte foi o cenário de uma das mais espectaculares histórias da luta contra o fascismo.

Em Janeiro de 1960, daqui se evadiu um grupo de presos políticos, numa fuga longamente preparada. Entre os evadidos, estava o dirigente político Álvaro Cunhal.

Em 25 de Abril de 1974, o Forte de Peniche foi um dos pontos do roteiro revolucionário. Transformado em espaço-museu depois da revolução, nele se reconstituiu o ambiente de uma prisão política.O espaço museológico acolhe também a exposição de materiais etnográficos e históricos. Constituindo um bom miradouro sobre a costa, chegou a ser elaborado um projecto visando a tranformação deste monumento em pousada.


Espero que tenham gostado e se tiverem oportunidade aproveitem para visitar....Vale a pena

terça-feira, 19 de dezembro de 2006

Merry Xmas 4 tha cunning!!!



Feliz Natal e que se f*ª&$# os porcos capitalistas!!!

segunda-feira, 18 de dezembro de 2006

Bonito...

Uma imagem vale bem 1000 palavras.
Bem-haja Orquestra Típica Albicastrense
Bem-haja Maestro Carlos Salvado




Os valverdenses aplaudiram em pé o a orquestra e o seu maestro, nosso conterrâneo. Uma forma dos presentes agradecerem esta bela prenda de natal....

sábado, 16 de dezembro de 2006


O agrupamento 801 de Valverde vai realizar mais um ano o presépio ao vivo na nossa terra natal.
Já com alguma tradição, muito trabalho e com alguma reputação, o presépio ao vivo não e só dos escuteiros de Valverde mas sim de Valverde em geral, pois contamos sempre com o apoio de alguns particulares e dos nossos visitantes.
O presépio ao vivo já é realizado a bastantes anos, não sei precisar a sua primeira realização mas sei que varias gerações de jovens da nossa terra trabalharam arduamente nele como ainda hoje se faz, pois a experiência, inovações foram passadas de gerações em gerações.
Como também é de conhecimento já foi noticia no telejornal de algumas estações televisivas, participamos há 2 anos no concurso lançado pela Câmara Municipal do Fundão onde participaram varias aldeias e vilas do nosso concelho e no qual ficáramos em primeiro lugar.
A sua primeira abertura aos visitantes será na noite de domingo para segunda-feira após a tradicional Missa do Galo, no dia 25 segunda-feira as portas encontram-se abertas a tarde e também a noite.
O agrupamento 801 de Valverde deseja a todos um feliz natal e um próspero 2007.

terça-feira, 12 de dezembro de 2006

Natal antigo

A queima do madeiro

É comum nas pequenas aldeias possuírem tradições nesta época, e Valverde não é excepção.Uma das tradições desta época é a queima do madeiro. Manda a tradição que os jovens mancebos solteiros se juntem e 'roubem' uma árvore, de preferência já velha e sem utilidade, para não dar prejuízo ao proprietário. Essa árvore deve ter bastante madeira, já que a queima é para durar. É então é levado para o adro da igreja, e ali no meio se faz um grande monte de lenha, que se põe a arder na noite de Natal. O objectivo é que o madeiro (assim se chama) arda durante toda a semana que separa o Natal do Ano Novo, sem que se apague.Durante este tempo juntam-se as famílias e os amigos, e lá vão espreitar o madeiro, aquecer-se nas brasas que deita, e até assar um chouriço, que sabe sempre tão bem!
















Madeiro de NATAL 1999

Com madeiro, muito maior do que hoje se arranja para manter a tradição, e sem as prendas que actualmente também lá fazem a alegria das crianças, o Natal nesta aldeia da Beira, nos anos 50, era a festa do Menino Jesus e das filhoses. O Deus Menino motivava um sem número de histórias contadas à volta do lume, a lareira onde todos se aqueciam e se cozinhava em bojudas panelas de ferro com três pés e negras como o alcatrão. Quanto às filhoses, feitas com farinha, água e azeite, eram fritas em enormes quantidades e constituíam o alimento principal durante mais de duas semanas. Era difícil haver uma casa onde não se fizessem filhoses e os que tinham menos sempre iam recebendo-as de oferta dos mais abastados.

“Filhoses com vinho não fazem mal”

O primeiro sinal de Natal era dado pelos rapazes com idade de irem à inspecção para o serviço militar. Cabia-lhes arranjar o madeiro, três ou quatro árvores com que na noite da Consoada se fazia uma enorme fogueira à porta da igreja para aquecer o Menino Jesus e animar a rapaziada. Enquanto batiam com uns maços compridos na lenha a arder, gritando “madeiro, madeirinho” e faziam saltar milhares de faúlhas luminosas, as cantigas improvisadas iam muitas vezes parar ao refrão “Natal, Natal, filhoses com vinho não fazem mal”.
Ultrapassadas as questiúnculas provocadas pelo tradicional roubo das árvores para o madeiro que sempre irritavam os proprietários ‘roubados’, sobretudo se a apanha da azeitona ou trabalho no lagar corria menos bem, os rapazes faziam o aquecimento para a festa percorrendo as casas dos parentes mais ou menos próximos para juntar umas filhoses acabadas de fritar e beber copitos de vinho em série que só não os embebedavam irremediavelmente, porque o frio gélido, com ameaços constantes de neve, ‘queimava’ muito álcool.
Dentro de casa, os rituais eram quase sagrados. Fritar as filhoses era assunto para os mais velhos. A avó e o avô, sempre vestidos de preto, punham-se cada um de seu lado do caldeiro de azeite a ferver como se fossem Maria e José à volta do berço de palhinhas do Menino Jesus. A matriarca esticava a massa e deitava-a no azeite; o patriarca virava as filhoses com um pau em forca com dois bicos, bem trabalhados à navalha. As primeiras filhoses fritas eram comidas ainda quentes, depois de polvilhadas com açúcar amarelo. Provavam-nas alguns adultos e sobretudo as crianças que tinham como única mas muito apreciada prenda de Natal uns rudimentares bonecos fritos, feitos com a massa das filhoses.

Suspeitas com bacalhau amolecido

O grande assunto mobilizador da família era a compra do bacalhau para comer com batatas e couve-galega na noite da consoada. E naturalmente do que mais se falava era do preço. Seria a cinco mil réis (cinco escudos) o quilo? Cinquenta e tal anos depois é muito difícil confirmar oralmente o preço, mas há peripécias que ficaram. Primeiro, o facto do bacalhau ficar mais barato se o fossem comprar à vila. Aqui os problemas era a distância mais de 2 km, a dificuldade das pessoas se resolverem a deslocar na camioneta da carreira, em vez de persistirem ir a cavalo ou de macho, e os dias serem muito curtos para quem se deslocava tão devagar. A compra do ‘fiel amigo’ numa das três lojas da vila dava, por sua vez, para um rol de suspeições.
Todos os anos o senhor da loja dizia que era a humidade da loja que amolecia o bacalhau, mas na altura de o pôr na panela havia sempre alguém a lembrar que ele o molhava para ficar mais pesado. Enfim, coisa sem importância quando se tratava de comê-lo na ceia da Consoada, muito bem regado de azeite fresco chegado do lagar.

“Ó meu menino tão belo”

O Dia de Natal reconhecia-se também por se ir à missa, apesar de geralmente não ser domingo. Depois da noite a ver o madeiro a queimar e a soltar todas aquelas chispas luminosas, o grande acontecimento era beijar o Menino Jesus exposto entre as palhinhas num grande presépio feito na zona do altar-mor com muito musgo e pequenos arbustos colhidos no campo. Por causa do presépio, as crianças tinham nesse dia direito a estar mais próximo do altar, o que era habitualmente privilégio dos homens. E pertencia ainda aos mais pequenos serem os primeiros a beijar o Menino Jesus, enquanto as mulheres do coro cantavam estrofes alusivas como “Ó meu Menino Jesus, ó meu menino tão belo, que logo viestes nascer na noite do caramelo”. E o frio às vezes era mesmo de rachar e fazia gelar as poças de água e até as lamas dos caminhos.
O almoço de Natal também tinha comida de festa. Havia carne, geralmente de borrego, se tratava de pessoas com rebanho. Peru é que não existia e quanto às galinhas eram mais para dar ovos e só se matavam quando alguém ficava doente e precisava de uma canja. Além de muitas filhoses e umas boas fatias de queijo ainda feito de fresco, a refeição acabava com o arroz doce. Quem cozinhava, aprimorava-se. Não se poupava nos ovos para dar cor às grandes travessas e por todo o lado se escrevia ‘Bom Natal’ nos enfeites com pó de canela. O máximo para os gulosos era comer arroz doce com filhoses polvilhadas com açúcar. E como sempre a festa, media-se pelo doce.

segunda-feira, 11 de dezembro de 2006

Concerto de Natal

"Considerada o Ex-Libris da Beira Baixa, a Orquestra Típica Albicastrense (O.T.A) foi fundada a 16 de Julho de 1956, por Eugénia Lima. Defender e divulgar o vasto e tão rico Folclore da Beira Baixa, foram os objectivos traçados nessa data e que têm sido cumpridos na íntegra. Presentemente e, desde Agosto de 1991, a O. T. A. é dirigida pelo Maestro Carlos Salvado, natural de Valverde, Concelho do Fundão. A Orquestra é composta por mais de 50 elementos e congrega ainda uma Escola de Música, a qual tem sido de extrema importância na formação de novos músicos, e na continuidade deste grupo."

Esta será uma oportunidade única de assistir a um concerto da orquestra. Lembro-vós que o Maestro Carlos Salvado é nosso conterrâneo e fez questão de prendar os Valverdenses com este concerto. Vamos estar a altura da oferta e pretar homenagem a este ilustre filho da nossa terra.

sexta-feira, 8 de dezembro de 2006

Conversas de café

Eu gosto das conversas de café. Recheadas de meias-verdades e mentiras, relatam o que se passa e dão a conhecer as posições de cada um, ainda que dissimuladas. É claro que é preciso tempo e capacidade de encaixe (alcoólica, por vezes) para as apreender mas não deixam de ser a voz do povo. Vidas privadas, públicas, ocultações ou difamações, há de tudo. E se queremos saber quem somos e onde vivemos temos que ouvir a voz da populaça onde ela se faz ouvir, nos cafés. O seguimento dessas mesmas conversas, o ponto acrescentado ao conto, é da responsabilidade de cada um. Uns gostam de ouvir, outros de propagar, outros ainda de inventar. Tem que existir sim, o bom-senso para separar o trigo do joio e não difamar as pessoas apenas porque é divertido. A crucificação pública está na língua das víboras, e essas gostam de ver as pessoas na lama, onde elas próprias habitam. Pessoalmente, sei já há muito tempo qual é a ideia, maioritária, que o povo tem de mim, mas isso não me preocupa minimamente pois sou amigo de quem quero ser e não me deixo levar pelas opiniões das víboras, MAS, ao juntar-me a certos indivíduos sou conotado da mesma forma. Isso não me preocupa. Quando saí de Valverde para estudar fora até os prórios amigos que tinha, que não já estudavam, me disseram que agora ia tornar-me numa pessoa diferente, já não ia alinhar nos mesmos "filmes" de antigamente, que ia subir na vida. Outros que nem meus amigos eram disseram pior ainda. Subir na vida, a meu humilde ver é evoluir enquanto pessoa e ser social. Nunca critiquei nem diminuí ninguém pela profissão ou pelos vícios. Não olho para os meus semelhantes através dos olhos das víboas. Tudo isto para concluir que: As conversas de café são saudáveis, senão de que outra maneira ficaríamos informados do que se passa na terra, a todos os níveis? Até este blog já entrou no rodopio das conversas de café. As instituições da terra lêem-no regularmente e comentam-no nas suas reuniões. Gente de fora vem lê-lo por pura curiosidade, por espanto com o nível de conversação patente os membros tão diferente do estereótipo valverdense. Existe aqui muito bom-senso. Falta alguma crueza nas palavras, algum à-vontade para expôr as opiniões (mea culpa) mas por enquanto é bom que assim seja para não "catalogar" os intervenientes como o povo faz. Mas, desenganem-se os que pensam que o blog é para meia-dúzia de iluminados pois estas conversas cibernáuticas já entraram nas conversas de café. A partir de agora tudo quanto é dito pode ser distorcido pela língua das víboras. Atenção aos telhados de vidro pois o povo atira pedras ao ar sem fazer pontaria. Quanto aos que levam as conversas para os cafés, sejam responsáveis... Começa a ser aliciante falar mais a sério e discutir realmente os problemas da terra, com responsabilidade. Haja bom-senso, e saúde. Bem-haja pela atenção.

segunda-feira, 4 de dezembro de 2006

"ENCORRER" os Espanhóis!

Aqui ficam algumas fotos da nossa arruada!































sexta-feira, 1 de dezembro de 2006

Portugal assinala hoje o Dia Mundial Contra a Sida

O HIV
O HIV é um retrovírus, ou seja é um vírus com genoma de RNA, que infecta as células e, através da sua enzima transcriptase reversa, produz uma cópia do seu genoma em DNA e incorpora o seu próprio genoma no genoma humano, localizado no núcleo da célula infectada. O HIV é quase certamente derivado do vírus da imunodeficiência símia. Há dois vírus HIV, o HIV que causa a SIDA/AIDS típica, presente em todo o mundo, e o HIV-2, que causa uma doença em tudo semelhante, mais frequente na Africa Ocidental, e também existente em Portugal.
O HIV reconhece a proteína de membrana CD4, presente nos linfócitos T4 e macrófagos, e pode ter receptores para outros dois tipos de moléculas presentes na membrana celular de células humanas: o CCR5 e o CXCR4. O CCR5 está presente nos macrófagos e o CXCR4 existe em ambos macrófagos e linfócitos T4, mas em pouca quantidade nos macrófagos. O HIV acopla a essas células por esses receptores (que são usados pelas células para reconhecer algumas citocinas, mais precisamente quimiocinas), e entra nelas fundindo a sua membrana com a da célula. Cada virion de HIV só tem um dos receptores, ou para o CCR5, o virion M-trópico, ou para o CXCR4, o virion T-trópico. Uma forma pode-se converter na outra através de mutações no DNA do vírus, já que ambos os receptores são similares.

Microfotografia do vírus do HIV a sair de Linfócito
A infecção por HIV normalmente é por secreções genitais ou sangue. Os macrófagos são muito mais frequentes que os linfócitos T4 nesses liquidos, e sobrevivem melhor, logo os virions M-trópicos são normalmente aqueles que transmitem as infecções. No entanto, como os M-trópicos não invadem os linfócitos, eles não causam a diminuição dos seus números, que define a SIDA. No entanto, os M-trópicos multiplicam-se e rapidamente surgem virions mutantes que são T-trópicos.
Os virions T-trópicos são pouco infecciosos, mas como são invasores dos linfócitos, são os que ultimamente causam a imunodeficiência. É sabido que os raros indivíduos que não expressam CCR5 por defeito genético não aquirem o vírus da HIV mesmo se repetidamente em risco.
O HIV causa danos nos linfócitos, provocando a sua lise, ou morte celular, devido à enorme quantidade de novos virions produzidos no seu interior, usando a sua maquinaria de síntese de proteínas e de DNA. Outros linfócitos produzem proteínas do vírus que expressam nas suas membranas e são destruídos pelo próprio sistema imunitário. Nos linfócitos em que o vírus não se replica mas antes se integra no genoma nuclear, a sua função é afectada, enquanto nos macrófagos produz infecção latente na maioria dos casos. Julga-se que os macrófagos sejam um reservatório do vírus nos doentes, sendo outro reservatório os ganglios linfáticos, para os quais os linfócitos infectados migram, e onde disseminam os virions por outros linfócitos aí presentes.
É irónico como a resposta imunitária ao HIV nas primeiras semanas de infecção é eficaz em destruí-lo, mas as concentrações de linfócitos nos gânglios linfáticos devido à resposta vigorosa levam a que os virions sobreviventes infectem gradualmente mais e mais linfócitos, até que a resposta imunitária seja revertida. A reacção eficaz é feita pelos linfócitos T8, que destróem todas as células infectadas. Contudo, os T8, como todo o sistema imunitário, está sob controlo de citocinas (proteínas mediadoras) produzidas, pelos T4, que são infectados. Eles diminuem em número com a progressão da doença, e a resposta inicialmente eficaz dos T8 vai sendo enfraquecida. Além disso as constantes mutações do DNA do HIV mudam a conformação das proteínas de superfície, dificultando continuamente o seu reconhecimento

Prevenção
O mais importante para prevenir esta doença é fazer campanhas de informação e sensibilização, sobretudo junto aos jovens. Por exemplo, deve-se comunicar que a prevenção é feita utilizando preservativos nas relações sexuais. A troca de agulhas para tóxico-dependentes também é importante, já que as agulhas usadas contaminadas são uma origem freqüente da contaminação.
O uso de preservativo diminui em muito a taxa de transmissão, mas não é 100% seguro. Eles rompem-se facilmente, e é teoricamente possível, apesar de extremamente improvável, vírus passarem nos poros do preservativo. Apesar do uso de preservativo diminuir radicalmente o risco de infecção, só a abstinência de relações é totalmente segura.
A campanha anti-AIDS do Brasil é mundialmente reconhecida como uma das mais bem sucedidas. O Brasil tem taxas de infecção muito inferiores às de outros países desenvolvidos, e aparentemente os números estão relativamente estáveis.[Carece de fontes]
Muitas das pessoas no mundo morrem por causa do HIV, um vírus que causa uma doença muito brutal.
Onde se pode ser aconcenhado e dectectado o HIV no nosso destrito
Centro de Diagnóstico PulmonarRua Amato Lusitano, nº 256000-150 Castelo-Branco
Tel: 272 324973/4
Horário: 2ª à 6ª Feira das 14h às 17h30