segunda-feira, 18 de dezembro de 2006

Bonito...

Uma imagem vale bem 1000 palavras.
Bem-haja Orquestra Típica Albicastrense
Bem-haja Maestro Carlos Salvado




Os valverdenses aplaudiram em pé o a orquestra e o seu maestro, nosso conterrâneo. Uma forma dos presentes agradecerem esta bela prenda de natal....

sábado, 16 de dezembro de 2006


O agrupamento 801 de Valverde vai realizar mais um ano o presépio ao vivo na nossa terra natal.
Já com alguma tradição, muito trabalho e com alguma reputação, o presépio ao vivo não e só dos escuteiros de Valverde mas sim de Valverde em geral, pois contamos sempre com o apoio de alguns particulares e dos nossos visitantes.
O presépio ao vivo já é realizado a bastantes anos, não sei precisar a sua primeira realização mas sei que varias gerações de jovens da nossa terra trabalharam arduamente nele como ainda hoje se faz, pois a experiência, inovações foram passadas de gerações em gerações.
Como também é de conhecimento já foi noticia no telejornal de algumas estações televisivas, participamos há 2 anos no concurso lançado pela Câmara Municipal do Fundão onde participaram varias aldeias e vilas do nosso concelho e no qual ficáramos em primeiro lugar.
A sua primeira abertura aos visitantes será na noite de domingo para segunda-feira após a tradicional Missa do Galo, no dia 25 segunda-feira as portas encontram-se abertas a tarde e também a noite.
O agrupamento 801 de Valverde deseja a todos um feliz natal e um próspero 2007.

terça-feira, 12 de dezembro de 2006

Natal antigo

A queima do madeiro

É comum nas pequenas aldeias possuírem tradições nesta época, e Valverde não é excepção.Uma das tradições desta época é a queima do madeiro. Manda a tradição que os jovens mancebos solteiros se juntem e 'roubem' uma árvore, de preferência já velha e sem utilidade, para não dar prejuízo ao proprietário. Essa árvore deve ter bastante madeira, já que a queima é para durar. É então é levado para o adro da igreja, e ali no meio se faz um grande monte de lenha, que se põe a arder na noite de Natal. O objectivo é que o madeiro (assim se chama) arda durante toda a semana que separa o Natal do Ano Novo, sem que se apague.Durante este tempo juntam-se as famílias e os amigos, e lá vão espreitar o madeiro, aquecer-se nas brasas que deita, e até assar um chouriço, que sabe sempre tão bem!
















Madeiro de NATAL 1999

Com madeiro, muito maior do que hoje se arranja para manter a tradição, e sem as prendas que actualmente também lá fazem a alegria das crianças, o Natal nesta aldeia da Beira, nos anos 50, era a festa do Menino Jesus e das filhoses. O Deus Menino motivava um sem número de histórias contadas à volta do lume, a lareira onde todos se aqueciam e se cozinhava em bojudas panelas de ferro com três pés e negras como o alcatrão. Quanto às filhoses, feitas com farinha, água e azeite, eram fritas em enormes quantidades e constituíam o alimento principal durante mais de duas semanas. Era difícil haver uma casa onde não se fizessem filhoses e os que tinham menos sempre iam recebendo-as de oferta dos mais abastados.

“Filhoses com vinho não fazem mal”

O primeiro sinal de Natal era dado pelos rapazes com idade de irem à inspecção para o serviço militar. Cabia-lhes arranjar o madeiro, três ou quatro árvores com que na noite da Consoada se fazia uma enorme fogueira à porta da igreja para aquecer o Menino Jesus e animar a rapaziada. Enquanto batiam com uns maços compridos na lenha a arder, gritando “madeiro, madeirinho” e faziam saltar milhares de faúlhas luminosas, as cantigas improvisadas iam muitas vezes parar ao refrão “Natal, Natal, filhoses com vinho não fazem mal”.
Ultrapassadas as questiúnculas provocadas pelo tradicional roubo das árvores para o madeiro que sempre irritavam os proprietários ‘roubados’, sobretudo se a apanha da azeitona ou trabalho no lagar corria menos bem, os rapazes faziam o aquecimento para a festa percorrendo as casas dos parentes mais ou menos próximos para juntar umas filhoses acabadas de fritar e beber copitos de vinho em série que só não os embebedavam irremediavelmente, porque o frio gélido, com ameaços constantes de neve, ‘queimava’ muito álcool.
Dentro de casa, os rituais eram quase sagrados. Fritar as filhoses era assunto para os mais velhos. A avó e o avô, sempre vestidos de preto, punham-se cada um de seu lado do caldeiro de azeite a ferver como se fossem Maria e José à volta do berço de palhinhas do Menino Jesus. A matriarca esticava a massa e deitava-a no azeite; o patriarca virava as filhoses com um pau em forca com dois bicos, bem trabalhados à navalha. As primeiras filhoses fritas eram comidas ainda quentes, depois de polvilhadas com açúcar amarelo. Provavam-nas alguns adultos e sobretudo as crianças que tinham como única mas muito apreciada prenda de Natal uns rudimentares bonecos fritos, feitos com a massa das filhoses.

Suspeitas com bacalhau amolecido

O grande assunto mobilizador da família era a compra do bacalhau para comer com batatas e couve-galega na noite da consoada. E naturalmente do que mais se falava era do preço. Seria a cinco mil réis (cinco escudos) o quilo? Cinquenta e tal anos depois é muito difícil confirmar oralmente o preço, mas há peripécias que ficaram. Primeiro, o facto do bacalhau ficar mais barato se o fossem comprar à vila. Aqui os problemas era a distância mais de 2 km, a dificuldade das pessoas se resolverem a deslocar na camioneta da carreira, em vez de persistirem ir a cavalo ou de macho, e os dias serem muito curtos para quem se deslocava tão devagar. A compra do ‘fiel amigo’ numa das três lojas da vila dava, por sua vez, para um rol de suspeições.
Todos os anos o senhor da loja dizia que era a humidade da loja que amolecia o bacalhau, mas na altura de o pôr na panela havia sempre alguém a lembrar que ele o molhava para ficar mais pesado. Enfim, coisa sem importância quando se tratava de comê-lo na ceia da Consoada, muito bem regado de azeite fresco chegado do lagar.

“Ó meu menino tão belo”

O Dia de Natal reconhecia-se também por se ir à missa, apesar de geralmente não ser domingo. Depois da noite a ver o madeiro a queimar e a soltar todas aquelas chispas luminosas, o grande acontecimento era beijar o Menino Jesus exposto entre as palhinhas num grande presépio feito na zona do altar-mor com muito musgo e pequenos arbustos colhidos no campo. Por causa do presépio, as crianças tinham nesse dia direito a estar mais próximo do altar, o que era habitualmente privilégio dos homens. E pertencia ainda aos mais pequenos serem os primeiros a beijar o Menino Jesus, enquanto as mulheres do coro cantavam estrofes alusivas como “Ó meu Menino Jesus, ó meu menino tão belo, que logo viestes nascer na noite do caramelo”. E o frio às vezes era mesmo de rachar e fazia gelar as poças de água e até as lamas dos caminhos.
O almoço de Natal também tinha comida de festa. Havia carne, geralmente de borrego, se tratava de pessoas com rebanho. Peru é que não existia e quanto às galinhas eram mais para dar ovos e só se matavam quando alguém ficava doente e precisava de uma canja. Além de muitas filhoses e umas boas fatias de queijo ainda feito de fresco, a refeição acabava com o arroz doce. Quem cozinhava, aprimorava-se. Não se poupava nos ovos para dar cor às grandes travessas e por todo o lado se escrevia ‘Bom Natal’ nos enfeites com pó de canela. O máximo para os gulosos era comer arroz doce com filhoses polvilhadas com açúcar. E como sempre a festa, media-se pelo doce.

segunda-feira, 11 de dezembro de 2006

Concerto de Natal

"Considerada o Ex-Libris da Beira Baixa, a Orquestra Típica Albicastrense (O.T.A) foi fundada a 16 de Julho de 1956, por Eugénia Lima. Defender e divulgar o vasto e tão rico Folclore da Beira Baixa, foram os objectivos traçados nessa data e que têm sido cumpridos na íntegra. Presentemente e, desde Agosto de 1991, a O. T. A. é dirigida pelo Maestro Carlos Salvado, natural de Valverde, Concelho do Fundão. A Orquestra é composta por mais de 50 elementos e congrega ainda uma Escola de Música, a qual tem sido de extrema importância na formação de novos músicos, e na continuidade deste grupo."

Esta será uma oportunidade única de assistir a um concerto da orquestra. Lembro-vós que o Maestro Carlos Salvado é nosso conterrâneo e fez questão de prendar os Valverdenses com este concerto. Vamos estar a altura da oferta e pretar homenagem a este ilustre filho da nossa terra.

sexta-feira, 8 de dezembro de 2006

Conversas de café

Eu gosto das conversas de café. Recheadas de meias-verdades e mentiras, relatam o que se passa e dão a conhecer as posições de cada um, ainda que dissimuladas. É claro que é preciso tempo e capacidade de encaixe (alcoólica, por vezes) para as apreender mas não deixam de ser a voz do povo. Vidas privadas, públicas, ocultações ou difamações, há de tudo. E se queremos saber quem somos e onde vivemos temos que ouvir a voz da populaça onde ela se faz ouvir, nos cafés. O seguimento dessas mesmas conversas, o ponto acrescentado ao conto, é da responsabilidade de cada um. Uns gostam de ouvir, outros de propagar, outros ainda de inventar. Tem que existir sim, o bom-senso para separar o trigo do joio e não difamar as pessoas apenas porque é divertido. A crucificação pública está na língua das víboras, e essas gostam de ver as pessoas na lama, onde elas próprias habitam. Pessoalmente, sei já há muito tempo qual é a ideia, maioritária, que o povo tem de mim, mas isso não me preocupa minimamente pois sou amigo de quem quero ser e não me deixo levar pelas opiniões das víboras, MAS, ao juntar-me a certos indivíduos sou conotado da mesma forma. Isso não me preocupa. Quando saí de Valverde para estudar fora até os prórios amigos que tinha, que não já estudavam, me disseram que agora ia tornar-me numa pessoa diferente, já não ia alinhar nos mesmos "filmes" de antigamente, que ia subir na vida. Outros que nem meus amigos eram disseram pior ainda. Subir na vida, a meu humilde ver é evoluir enquanto pessoa e ser social. Nunca critiquei nem diminuí ninguém pela profissão ou pelos vícios. Não olho para os meus semelhantes através dos olhos das víboas. Tudo isto para concluir que: As conversas de café são saudáveis, senão de que outra maneira ficaríamos informados do que se passa na terra, a todos os níveis? Até este blog já entrou no rodopio das conversas de café. As instituições da terra lêem-no regularmente e comentam-no nas suas reuniões. Gente de fora vem lê-lo por pura curiosidade, por espanto com o nível de conversação patente os membros tão diferente do estereótipo valverdense. Existe aqui muito bom-senso. Falta alguma crueza nas palavras, algum à-vontade para expôr as opiniões (mea culpa) mas por enquanto é bom que assim seja para não "catalogar" os intervenientes como o povo faz. Mas, desenganem-se os que pensam que o blog é para meia-dúzia de iluminados pois estas conversas cibernáuticas já entraram nas conversas de café. A partir de agora tudo quanto é dito pode ser distorcido pela língua das víboras. Atenção aos telhados de vidro pois o povo atira pedras ao ar sem fazer pontaria. Quanto aos que levam as conversas para os cafés, sejam responsáveis... Começa a ser aliciante falar mais a sério e discutir realmente os problemas da terra, com responsabilidade. Haja bom-senso, e saúde. Bem-haja pela atenção.

segunda-feira, 4 de dezembro de 2006

"ENCORRER" os Espanhóis!

Aqui ficam algumas fotos da nossa arruada!































sexta-feira, 1 de dezembro de 2006

Portugal assinala hoje o Dia Mundial Contra a Sida

O HIV
O HIV é um retrovírus, ou seja é um vírus com genoma de RNA, que infecta as células e, através da sua enzima transcriptase reversa, produz uma cópia do seu genoma em DNA e incorpora o seu próprio genoma no genoma humano, localizado no núcleo da célula infectada. O HIV é quase certamente derivado do vírus da imunodeficiência símia. Há dois vírus HIV, o HIV que causa a SIDA/AIDS típica, presente em todo o mundo, e o HIV-2, que causa uma doença em tudo semelhante, mais frequente na Africa Ocidental, e também existente em Portugal.
O HIV reconhece a proteína de membrana CD4, presente nos linfócitos T4 e macrófagos, e pode ter receptores para outros dois tipos de moléculas presentes na membrana celular de células humanas: o CCR5 e o CXCR4. O CCR5 está presente nos macrófagos e o CXCR4 existe em ambos macrófagos e linfócitos T4, mas em pouca quantidade nos macrófagos. O HIV acopla a essas células por esses receptores (que são usados pelas células para reconhecer algumas citocinas, mais precisamente quimiocinas), e entra nelas fundindo a sua membrana com a da célula. Cada virion de HIV só tem um dos receptores, ou para o CCR5, o virion M-trópico, ou para o CXCR4, o virion T-trópico. Uma forma pode-se converter na outra através de mutações no DNA do vírus, já que ambos os receptores são similares.

Microfotografia do vírus do HIV a sair de Linfócito
A infecção por HIV normalmente é por secreções genitais ou sangue. Os macrófagos são muito mais frequentes que os linfócitos T4 nesses liquidos, e sobrevivem melhor, logo os virions M-trópicos são normalmente aqueles que transmitem as infecções. No entanto, como os M-trópicos não invadem os linfócitos, eles não causam a diminuição dos seus números, que define a SIDA. No entanto, os M-trópicos multiplicam-se e rapidamente surgem virions mutantes que são T-trópicos.
Os virions T-trópicos são pouco infecciosos, mas como são invasores dos linfócitos, são os que ultimamente causam a imunodeficiência. É sabido que os raros indivíduos que não expressam CCR5 por defeito genético não aquirem o vírus da HIV mesmo se repetidamente em risco.
O HIV causa danos nos linfócitos, provocando a sua lise, ou morte celular, devido à enorme quantidade de novos virions produzidos no seu interior, usando a sua maquinaria de síntese de proteínas e de DNA. Outros linfócitos produzem proteínas do vírus que expressam nas suas membranas e são destruídos pelo próprio sistema imunitário. Nos linfócitos em que o vírus não se replica mas antes se integra no genoma nuclear, a sua função é afectada, enquanto nos macrófagos produz infecção latente na maioria dos casos. Julga-se que os macrófagos sejam um reservatório do vírus nos doentes, sendo outro reservatório os ganglios linfáticos, para os quais os linfócitos infectados migram, e onde disseminam os virions por outros linfócitos aí presentes.
É irónico como a resposta imunitária ao HIV nas primeiras semanas de infecção é eficaz em destruí-lo, mas as concentrações de linfócitos nos gânglios linfáticos devido à resposta vigorosa levam a que os virions sobreviventes infectem gradualmente mais e mais linfócitos, até que a resposta imunitária seja revertida. A reacção eficaz é feita pelos linfócitos T8, que destróem todas as células infectadas. Contudo, os T8, como todo o sistema imunitário, está sob controlo de citocinas (proteínas mediadoras) produzidas, pelos T4, que são infectados. Eles diminuem em número com a progressão da doença, e a resposta inicialmente eficaz dos T8 vai sendo enfraquecida. Além disso as constantes mutações do DNA do HIV mudam a conformação das proteínas de superfície, dificultando continuamente o seu reconhecimento

Prevenção
O mais importante para prevenir esta doença é fazer campanhas de informação e sensibilização, sobretudo junto aos jovens. Por exemplo, deve-se comunicar que a prevenção é feita utilizando preservativos nas relações sexuais. A troca de agulhas para tóxico-dependentes também é importante, já que as agulhas usadas contaminadas são uma origem freqüente da contaminação.
O uso de preservativo diminui em muito a taxa de transmissão, mas não é 100% seguro. Eles rompem-se facilmente, e é teoricamente possível, apesar de extremamente improvável, vírus passarem nos poros do preservativo. Apesar do uso de preservativo diminuir radicalmente o risco de infecção, só a abstinência de relações é totalmente segura.
A campanha anti-AIDS do Brasil é mundialmente reconhecida como uma das mais bem sucedidas. O Brasil tem taxas de infecção muito inferiores às de outros países desenvolvidos, e aparentemente os números estão relativamente estáveis.[Carece de fontes]
Muitas das pessoas no mundo morrem por causa do HIV, um vírus que causa uma doença muito brutal.
Onde se pode ser aconcenhado e dectectado o HIV no nosso destrito
Centro de Diagnóstico PulmonarRua Amato Lusitano, nº 256000-150 Castelo-Branco
Tel: 272 324973/4
Horário: 2ª à 6ª Feira das 14h às 17h30