sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008

A Vossa opinião conta.


Deixem aqui a vosso opinião sobre a ampliação da igreja matriz de Valverde.

Digam se concordam, se não concordam, se não se interessam pelo assunto.

Falem, deem a vossam opinião, as vossas sugestões. Identifiquem-se, façam-o de forma anónima, não interessa. O que conta é que haja aqui debate de ideias.

Se se portarem bem tomo o compromisso de imprimir e mostrar o resultado a quemd e direito.

Sobre este assunto, há dois anos precisos, escreveu-se muito neste espaço. Podem ler clicando aqui.



Um mega abraço

34 comentários:

  1. Tanta tinta, tanta polémica. Cá para mim o Uderzo e o Goscinny inspiraram-se na vossa aldeia para desenhar o Astérix e o Obélix. Só que não se sabe quem é o Astérix e o Obélix lá do burgo. Porque não juntar as partes interessadas e realizar uma sessão de esclarecimento na vossa junta de freguesia. Ou será que na vossa terra, e em todo o vosso distrito não sabem o que são sessões de juntas de freguesia, um espaço em que todos os intervenientes participam de forma civilizada expondo a todos os seus pontos de vista?
    Quem está para a expansão da igreja que se pronuncie; quem está contra que faça o mesmo. No fim, todos terão que ponderar os prós e os contras de uma e outra "fracção". A isto chamam-se debates públicos e não conversas de café. Ideias radicais e extremistas devem ser apagadas e darem lugar a uma simples palavra que significa entendimento entre todos:diálogo. Ou não será esta a chave para a existência de consensos. Embora seja de uma geração criada fora de Valverde, tenho que repeitar as raízes dos meus pais, que aí foram nascidos e criados. As poucas vezes que aí vou sinto que o pouco do vosso património está deixado ao abandono.
    A imagem da igreja é sinónimo do que eu referi, ou que é pena. Entendam-se em vez de se hostilizarem uns aos outros. Criem as vossas sessões, o vosso espaço de diálogo.
    Miguel Salvado, Almada

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  2. Caro Miguel, não vale a pena estares a interessar-te por esta aldeia de malucos, tão simbolizada na tua analogia ao Astérix. Tudo o que diz respeito a mexer em alguma coisa é sinónimo de discussão, de insultos e de tomadas de pontos extremamente antagonistas. Alargar ou não alargar a igreja, eis a questão!Isto já dura há vários anos, e entretanto, entre tomadas de posições dos dois lados, o pobre recinto está a ficar degradado. Se calhar à imagem da aldeia dos doidos.

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  3. O melhor é construir uma mesquita, pois para um povo fanático não há melhor.

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  4. Ó Bin, lamento informar-te que conheces muito mal o povo muçulmano. Não é um povo fanático, isso é a imagem que te querem vender, é um povo muito crente e religioso, isso sim. E olha que acredito que, caso fosse uma mesquita o nosso assunto, seria tratado com muito respeito e sensatez. Abraço

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  5. Parecde que sim que existe um extremar de posições em que o edificio da igreja é o único que sai prejudicado.
    Sou a favor da recuperação e não do alargamento mas se for decidido pelos maiores da terra que assim será paciência, não sei é se o IPAR não vai pôr obstáculos em virtude de ser um edificio antigo.

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  6. A minha sugestão é: restaurem a igreja (antes de cair "de podre"), e nos dias de festa ponham uma tela cá fora e projectem nela a missa. O pessoal gosta mesmo é de ir mas ficar à porta, assim juntam-se as duas coisas.

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  7. Restaurar ou alargar? Como já foi dito por alguns participantes o que interessa é o consenso e o mais urgentemente possível ou ainda um dia se estará a falar das ruínas da Igreja Matriz de Valverde.

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  8. Não conheço mal não, estive alguns anos no egipto e olha que não é dos piores povos, mas que os fulanos têm regras muito "su generis" podes crer que têm. Não tem nada a ver com os muçulmanos radicados em França ou em Portugal.

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  9. para votar gostaria de saber :1-quanto custa? 2-Quem paga? 3-Quem vai gerir?

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  10. Nisto de alargar haverá sempre outros interesses por detrás. Existe alguma freguesia neste concelho onde tal já sucedeu? Também não sei muito bem, pois não sou lá muito religioso, mas...
    Não se alargam igrejas antigas, recuperam-se. Lá na sede da Guarda ainda ninguém se pronunciou? Que estranho. Em Fátima não se alargou a basílica, construiu-se uma nova. Conclusão: com o dinheiro do alrgamento daria para começar uma igreja nova, porque mesmo querendo alargar tem que se recuperar as estruturas antigas. Logo gastar por gastar ou nova ou recuperar, o que será o mais sensato.

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  11. Porque não se pagam uns valentes copitos ao padre no café do espanhol e quando este já estiver completamente alcoolizado manda-se o senhor prior assinar uma carta com autorização para a construção de uma catedral no sitio da Nave, onde há muito espaço e inventa-se um qualquer milagre para criar um centro comercial religioso na Cova da Beira, onde ainda há pouca coisa do género. Até os muçulmanos poderiam ser convidados com os ortodoxos para a inauguração de tão grandioso empreendimento.
    Jé temos escuteiros, beatas, logo já existe algum apoio logistico para iniciar este plano maquiavélico. Depois com a visita do papa isto tornaria proporções mundiais, enriqueceria a nossa gente e com um pouco de sorte até com a guerra do Médio Oriente eramos capazes de acabar, pois alargariamos o espaço comunitário recém criado a outros credos e assim cada um construiria as suas igrejas, mesquitas, sinagogas...

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  12. o Utopia, que ideia genial. Um santuário multi-credo. Fátima foi anti-comunista, este poderia ser anti-americano. Afinal é um império em decadência, arranjavam muitos adeptos. E aí sim, valverde tornar-se-ia uma cidade do mapa. Fantástico....

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  13. Tudo começou no século XVIII, quando se fez uma grande obra, para uma aldeia pequena, com poucos habitantes. A Igreja era bonita, simples na sua forma mas bonita. Mais tarde ergueu-se um campanário, com sinos que avisavam as pessoas do campo das horas, através das suas badaladas e dos seus relógios, que para a época era algo de muito inédito.
    Hoje, relógios dão as horas? Os sinos estão afinados? O espaço simples e singelo do interior da igreja está restaurado? Tomara muitas povoações terem o que tinha Valverde. Dá Deus nozes a quem não tem dentes

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  14. Estes participantes estão loucos!!!
    Então vocemecês não sabem que já deve estar tudo programado para o alargamento? É necessário fazer-vos um desenho, dáaaa...
    Quem manda na terreola são os fidalgos que estão com o senhor prior há já algum tempo. Podem não mandar lá grande coisa fora da aldeola, mas cá são eles que fazem e mexem.Valha-nos todos os santinhos. Alarga-se e pronto. Assim quando há festas de comes e bebes toda a gente cabe lá dentro. Nos outros dias, as moscas limpam , digo as beatas do senhor prior. Daqui uns anos, torna-se a demolir porque haverá subsídios para as freguesias que souberam manter intacto o seu património arquitectónico e cultural. Não é assim que isto funciona. Valha-me vocemecês.

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  15. Amigos, o povo de Valverde sempre foi muito falador, zaragateiro, de esperteza saloia, de mal-dizer, de dar facadas nas costas, etc, etc, etc... Fala-se , fala-se, mas infelizmente nada se faz, a não ser em proveito próprio. Segundo uns a malta nunca sabe nada, segundo outros só nos metemos onde não nos deviamos meter. Enfim... o costume. Mas existe muita gente com dois dedos de testa, porra. Não alarguem, não deixem mexer nas estrutras da igreja, onde vai para a identidade da terra. Vem um pároco de fora, com as suas ideias e toma lá eu é que sei. Junta uns quantos para o seu partido, de preferência pessoas que sabem se mexer e dar volta à cabeça dos mais tapadinhos, tipo o Sócrates nas eleições e avante com um projecto vergonhoso. Primeiro passo deixar a igreja e o adro apodrecer, crescer as ervas daninhas para fortalecer a opinião do alargamento.Segundo passo, levar as ideias do alargamento avante. Quando tudo estiver concluído já será tarde. depois caí-se na realidade e começa-se a pensar que realmente antigament a nossa igreja era mais bonita, chegava perfeitament para o número de fiéis, e que agora tem que se gastar mais dinheiro com a sua manutenção. O que é um grande paradoxo! Se agora não há verbas para a manutenção como é que depois com o alargamento, virá, por milagre da divisão e da adição verbas para a conservação? Não sei alguém me explique.

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  16. É pá explicação não sei. Mas porque é que não se cultiva um culto satânico. É ao ar livre, há lugar para todos, não existem paredes, convive-se com a natureza é para hereges, não crentes, não existem instituições e é cool.

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  17. Pelos vistos aqui o não na votação teve uma grande percentagem. Julgo também ser esta a opinião generalizada da população, daquilo que já deu para entender nas conversas entre as pessoas. Agora , veremos o que o futuro trará. Só espero que aqueles que falam pelo não alargamento tenham depois a coragem de enfrentar o pároco e os seus seguidores, nem que para isso tenham que se dirigir à Câmara, governo civil e principalmente à diocese da Guarda.

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  18. Estou perplexo, só de imaginar que há alguém que pode fazer uma proposta destas, muito menos que possa tomar uma decisão como esta.
    Lembro só, que hoje em dia se gastam milhões de euros a recuperar monumentos de disparates feitos no passado.
    Dou apenas um exemplo.
    A igreja de S.Cruz em Coimbra, quando eu a conheci, era necessário descer umas escadas para entrar para a mesma, o que não correspondia à traça original,foram gastos (e muito bem) milhares de euros para repor a situação original.
    Como este à dezenas de exemplos.
    as pessoas que pensam cometer esta atrocidade na Igreja de Valverde, que se deixem estar quietas e não façam asneiras.
    Se bem me lembro, a Igreja sempre teve o tamanho suficiente para as pessoas que a frequentavam.
    Por outro lado, só se em Valverde for o contrário, as Igrejas andam a perder adeptos todos os dias, para quê o alargamento da Igreja?
    Caso ande a ganhar adeptos, construam uma Igreja nova, mas não cometam erros irreparáveis.

    Um abraço
    Sílvio Roque

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  19. Se, como aqui já várias pessoas dizweram, não há até hoje dinheiro para recuperar o recinto da igreja e da própria igreja, qual é a verdadeira intenção em alargá-la? O que está por detrás disto tudo?
    Não custará, por ventura, mais dinheiro em alargar o edifício, do que em restaurá-lo? Guardem as verbas(?) do alargamento, e quem pensa em patrocinar tal projecto, patrocine o embelezamento daquilo que já existe.
    José Nascimento

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  20. Mas qual é o problema nisto tudo? Se as pessoas estão contra não há mais nada para fazer. Não se deixa alargar e pronto!A quem pertence a igreja? Não é só dos padres, é dos crentes! E a junta não tem voto na matéria? Não se pode alargar sem o consentimento do povo de Valverde, que é quem manda ! Isto não pertence a dois ou três senhores feudais!
    José Carlos

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  21. Como já disse sou a favor da restauração e não do alargamento.
    Porque não aplicar as verbas que se iriam gastar no projecto que existe do centro de noite?
    Ou como foi prometido pela câmara e pela junta a comparticipação quase total dessas obras já não é preciso poupar?

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  22. Para acabar com esta polémica, deveis ser a única aldeia neste momento em Portugal, onde existe uma ideia de alargamento de uma igreja com uma certa idade em todo o nosso Portugal. Realmente, onde é que já se viu.Mandai construir uma nova, é o que se faz.

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  23. Tanta polémica, tanto latim gasto. Não estou a ver o padreco a levar a dele avante. Se levar, terá que responder perante igreja e bispo pelo seu acto.Só se pode mexer em estruturas de edifícos antigos e registados como instituição para beneficiá-los na sua recuperação ou manutenção. Se alguém persistir nessa do alargamento, não resta se não à Junta de Valverde escrever para o ministério das obras públicas e para a secretária de estado da conservação de edifícios públicos a relatar o caso. Depois se verá quais as consequências de tal acto.
    Se isto for avante e não for denunciado, então existem pessoas prontas para o fazer, mesmo que não sejam de Valverde, porque qualquer cidadão tem o direito de o fazer desde que o caso ultrapasse os limites da boa consciência.
    João Paulo

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  24. pergunta:onde surgiu a foto com o tão badalado alargamento?Foste tu que o inventaste ou pertence mesmo ao projecto? Se pertence, vou ali , já venho.
    Abraço
    Valverdense

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  25. A foto é uma montagem grosseira feita por mim, à pressa só para ilustrar o "post". Mas foi inspirada no projecto sim, o projecto comtem duas abas laterais dessas e olha que a ficção não anda longe da realidade...

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  26. É pá se isso é assim tão parecido, deixem estar a igreja como está, por favor.Estou fora da aldeia por motivos profissionais, mas digam lá ao cabecilha de tal projecto para ir plantar batatas para a Pouca Farinha. Não deixem mexer na igreja. Preservem-na.
    Abraço
    Valverdense

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  27. Já foram aqui emitidas muitas opiniões, pessoas de fora, de cá, mas parece-me que falta mais pessoal com mais intervenções, com mais ideias e opiniões. Faço apelo aos mentores do blog para "espicassar" a rapaziada para que haja maior participação. Aliás a votação é um reflexo do pouco interesse revelado pelas pessoas, pois deveriam ser muito mais a pronunciar-se. Julgo que a vida da freguesia e o seu desenvolvimento deveriam ser mais discutidos pelas pessoas. É pena que uma aldeia do interior como Valverde, que é uma excepção à regra em termos de pessoas (habitantes), não esteja num lugar mais acima da média em termos de desenvolvimento e participação activa em termos político e cultural a nível concelhio.
    Julgo que estará na hora das pessoas levarem um pouco mais a sério questões importantes da vida do quotidiano e desfazerem-se mais daquilo a que chamo "deixa andar, depois logo se vê", porque quando as coisa estão concluídas já se torna tarde tomar qualquer tipo de partido e já nãi valerá a pena refilar, porque o que está feito, está feito.
    Parece que não existe uma união factual na aldeia, que com este tamanho no interior do país já deveria ter proporções de vila. Existem aldeias mais pequenas no distrito com bancos, posto médico, multibancos, farmácias, espaços de verdadeiros lazer para as suas populações e que têm uma populção que perfaz metade da de Valverde. As diferenças está na atitude e participação das suas gentes na vida activa das suas freguesias. Já está na hora de acordar e de particpar, de forma cívica, no desenvolvimento da aldeia de Valverde.
    cccp

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  28. Pelo que vejo o Padre é o unico que quer modificar a igreja mas ele nem de Valverde é sera que a sua opinião conta?

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  29. Ilustres peixes do meu mar, falo convosco, quase pela mesma razão, que padre António Vieira falava com os dele. Atendendo ao apelo que é feito, para que os habitantes de Valverde participem mais na blogosfera, dando opinião sobre os diversos temas, aqui vos deixo a minha;

    Olhai, peixes, lá do mar para a terra, que com tanta facilidade de aceder a livros e a outros meio de cultura e informação, é possível encontrar um sítio em Portugal, onde as pessoas não se importem de ser chamadas “soviéticas”! Acredito que muita gente, possa não saber praticamente nada sobre a U.R.S.S., pois de outra forma já mais aceitariam tal comparação. O regime das repúblicas socialistas soviéticas era ditatorial, comunista e imperava nele a falta de humanismo, razões mais que suficientes para que não se tenha orgulho em aceitar tão detestável nome. Cuidais peixes, que alguém tendo conhecimento deste facto histórico – político, e mesmo assim consinta a infeliz comparação, em meu entendimento estamos perante um problema de insanidade mental.


    Outra coisa mais importante, que tanto ou mais me desedifica , quanto me lastima em muito dos sábios iluminados da história e da restauração valverdense, é que para além do conhecimento nessa área, têm o saber jurídico que lhes permite opinar e julgar se o património da Igreja é publico ou privado, é do povo ou do património da própria Igreja. A Concordata é o tratado internacional celebrado entre a Santa Sé e um Estado, usualmente com finalidade de assegurar direitos dos católicos ou da Igreja Católica naquele Estado. Muitas foram assinadas quando os Estados se laicizaram, como forma de garantir direitos para Igreja e permitir sua existência em tais países. A Concordata assinada entre a Santa Sé e Portugal refere no seu nº 2 do artigo 1º, que a república portuguesa reconhece a personalidade jurídica da Igreja católica, no nº 1 do artigo 9º diz que a Igreja Católica pode livremente criar, modificar, ou extinguir, nos termos do direito canónico, dioceses, paróquias, e outras jurisdições eclesiásticas. No nº1 do artigo 24º “Nenhum templo, edifício, dependência ou objecto afecto ao culto católico pode ser demolido, ocupado, transportado, sujeito a obras ou destinado pelo Estado e entidades Públicas a outro fim, a não ser mediante acordo prévio com a autoridade eclesiástica competente e por motivo de urgente necessidade pública”. Considerai pregadores vivos e iluminados de uma cultura paupérrima e cheia de nada, que as críticas que fazeis não são mais do que um apedeutismo exacerbado, querendo algo que não vos pertence. As maledicências que dizeis sobre aqueles que com boa vontade, sacrifício e sem segundas intenções trabalham para um bem comum, não fazem sentido, assim como também, a sugestão de qualquer tipo de referendo ao povo em geral. O património que por conveniência vos dói na alma, é da Igreja e se quiserdes fazer parte dela, então participai nas actividades que dela fazem parte, sacrificai-vos por um bem comum, e podereis sim, com legitimidade opinar sobre o património do Reino do Senhor.


    Notai peixes, que se tem observado a um feroz aparecimento de “Doutores”, especialistas em História e restauro de Igrejas. Sem o mínimo de conhecimento e formação na área, acham-se capazes de criticar o projecto, sem o conhecerem minimamente e ainda pondo em causa o conhecimento e capacidade dos verdadeiros especialistas, o reverendíssimo padre, que é licenciado em história, os especialistas da direcção diocesana de arte sacra e da Câmara Municipal do Fundão, que aprovaram este fantástico projecto para aldeia. Mas peixes do meu mar, espero que os pregadores de mal dizer tenham a humildade de se informarem junto de quem sabe e no lugar da crítica gratuita e ignorante se desloquem até ao pároco da terra e se informem, pois um projecto como este já tem lugar no nosso concelho, Souto da casa e Póvoa da atalaia. Foram projectos bem sucedidos e ficou muito bem salvaguardado o património.




    Com esta última advertência vos despeço, ou me despeço de vós, meus peixes. E para que possais ir consolados do sermão, que não sei quando ouvireis outro, com tanta sabedoria e sentido de esclarecimento elevado, me despeço com amizade e com a convicção de que a mentalidade, é a grande urgência para ser restaurada e alargada nesta terra de sabedores que nada sabem.

    Jorge Roque

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  30. Meus caros...

    1 - A AMPLIAÇÃO É "DESCULPA"
    Este projecto que o Sr. Bispo nos apresenta consta de duas coisas: uma alteração na disposição do espaço interior, e o consequente derrube de paredes e ampliação. Contudo é-nos apresentado o motivo da ampliação, e não o da intenção pela qual se quer alterar o espaço interior.

    2 - O MAMARRACHO
    Valverde seria das raras aldeias onde os habitantes seriam o suficientemente tolos para deixarem que lhes destruam o único edifício barroco significativo que têm.

    3 - COMO SEMPRE FOI?
    Valverde não tem hoje mais habitantes que teve em outros tempos. Nesses tempos, em que todos praticavam a religião, como cabiam na igreja? É verdade que no início da segunda metade do séc. XX foi feito um acrescento lateral (na capela mor)sem que isso alterasse o uso e a disposição para o culto.

    Os bancos da igreja forma adquiridos já depois do acrescento lateral. Era mais frequente assistirem à missa sem assentos, os homens ficavam em pé (a não ser no momento de se ajoelharem), e as senhoras sentavam-se numa bonita almofadinha que cada uma fazia e trazia de casa. Evidentemente que, sem bancos todos cabem na igreja, ou até com metade deles.

    Mas... quando foram adquiridos os bancos todos continuavam a caber, embora o órgão eletrónico não estivesse ali a ocupar lugar. Por outro lado havia pároco permanente, a crise de vocações não se notava ainda muito, e isto permitia que houvesse mais que uma missa ao domingo e pelo menos uma todos os dias da semana. Valverde hoje não tem um pároco residente, e cada vez deverá ter menos, se as coisas vão por este caminho! Mas este decréscimo a pique das vocações e dos fiéis não será travado com a desfiguração da igreja. E, pelo que tudo indica, chegará o dia que o templo ficará vazio aos dias de semana, aos domingos, e até aos dias de festividades maiores. Os matrimónios decrescem igualmente... Esta é a tendência, uma estranha tendência!!!

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  31. 4 - SEM USO E SEM TEMPLO
    O Uso próprio dado à igreja é cada dia menor... A desfiguração sugerida com o novo projecto não devolve a fé e mutila o símbolo da expressão da fé de Valverde ao longo dos séculos. É qualidade que se tira à nossa religião, e é qualidade que se tira à expressão histórica na arte e arquitectura de Valverde. E tanta perda para quê?...

    5 - RESTAURO E CONHECIMENTO, CONTRA A DESTRUIÇÃO E A IGNORÂNCIA
    Quem fez a igreja de Valverde? Como se explica a torre lateral afastada? Porque tem ela o mesmo tipo de portada que a igreja matriz do Fundão (ambas construidas em 1777)? Qual o motivo da escolha dos santos para cada altar? Porque há 3 altares e não apenas 2 ou 1? Quem foi enterrado na igreja? Que inscrições há?

    Sem um estudo sério sobre o coração patrimonial de Valverde, que de certa forma está representado nesta igreja, não haverá argumentos suficientemente claros... não haverá forma de defesa, nem haverá genuíno SENTIDO DE PERTENÇA.

    5 - O INTERESSE IDEOLÓGICO
    Numa diocese sem dinheiro qual será o motivo se querer fazer uma obra tão bizarra? A resposta é simples: D. Felício já implementou este tipo de destruição em outros lugares, mudando a DISPOSIÇÃO do altar em relação aos fiéis. Tudo isto faz parte de uma GUERRA IDEOLÓGICA na qual do Snr. Bispo quer dar mostrar de "trabalho feito" perante a Conferência Episcopal Portuguesa, correspondendo aos novas directivas de fazer apagar o catolicismo "antigo" e implementar um novo sobretudo no interior do país. (Soa estranho, eu sei...). Segundo estas novas doutrinas o espaço deverá ser usado também como sala de conferências etc. Este tipo de desfigurações de igrejas antigas, e violação do sentido original do espaço sagrado, afastam-se cada vez mais do exemplo e respeito dos nossos avós pelos mesmos locais... mas é este o intento das novas medidas de evangelização programadas para o interior... cada vez mais "palhaçada" e "mamarrachiçe".

    Mas então o espaço? O Espaço é o pretexto!!!

    6 - QUE FAZER?
    Como não está apenas em questão um projecto de ampliação, a reposta não pode ser apenas SIM, ou NÃO. Deve ser feito:

    a) Levantamento histórico e religioso da igreja;
    b) Registo fotográfico interior e exterior - recolha de fotografias antigas (as mais antigas);
    c) Proposta de restauro total da igreja com reconstrução e ampliação do coro alto;
    d) Proposta de remoção de alguns bancos ao fundo da igreja e recuperar o costume de reservar aos idosos, às senhoras e crianças os bancos.
    e) Recuperar e reconstruir o muro que foi tombado entre a escadaria do átrio e o caminho (junto à árvore).
    f) Estudar a possibilidade de suprimir a sacristia e fazer nesse local uma ala lateral igual à que está do outro lado da capela mor. Nova sacristia mais nas traseiras com entrada para a nova ala lateral.

    Caros amigos... cuidado.... cuidado.... não digam os vossos netos que não soubestes cuidar tão bem da igreja como a cuidaram os nossos avós. Quanto ao Bispo... infelizmente... tem poder para fazer o bem, e não lhe foi dado outro tipo de poder... Há que entender o que aquele templo é e representa.

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  32. Ao Jorge Roque:

    É verdade que o património físico é da Igreja. Não se espera que não católicos tenham que dar alguma opinião, pois a eles nada lhes toca, visto que se amputaram do Catolicismo e, lamentavelmente sem o saberem, se retiraram de Valverde... pois a história de Valverde só se entende como fenómeno católico, e igreja é símbolo disso.

    Contudo, a questão não pertence ao GOSTO dos que são católicos, nem sequer ao GOSTO da hierarquia católica. A questão, na verdade, não é de gostos nem de opiniões. Mas então quais são os critérios palpáveis pelos quais se há de reger uma tão importante decisão?

    Em primeiro lugar, quero-lhe dizer que, se o Bispo considerou possível o projecto, só por isso, é suficiente para sabermos que nada entende do assunto. E se a diocese tem o projecto como exequível é o suficiente para dizer que estamos entregues à bicharada.

    Diz-me o Jorge Roque:

    "...pondo em causa o conhecimento e capacidade dos verdadeiros especialistas, o reverendíssimo padre, que é licenciado em história, os especialistas da direcção diocesana de arte sacra e da Câmara Municipal do Fundão, que aprovaram este fantástico projecto para aldeia."

    Sim, capacidade eles têm, mas o conhecimento que deveriam ter na matéria não o têm. O argumento de autoridade, Jorge, não é argumento, e o Pe. António Vieira não teria cometido tal engano, pois sabia lógica e retórica. Mas... diga-me lá onde acha que os "especialistas" foram adquirir competências? Ou por acaso não sabe que as comissões diocesanas são recordistas "mamarrachos"? Desde quando um sacerdote se deita com alunos, e desde quando esse mesmo sacerdote é escolhido pelo Bispo como pessoa competente para cuidar de todo um seminário? "Pelos frutos os conhecereis".

    Sim, o Pe. Américo é professor de história, mas este assunto tem pouco ou nada de história. Deveria ter... mas não tem.

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  33. Caro Jorge, "especialistas de arte sacra"!?... Isto não é uma questão de "arte sacra". O valor de um altar não se dá pela arte... a arte é que está em função TOTAL do altar. O mesmo a respeito das imagens: não são uma questão de arte mas sim de CULTO. Ora diga-me lá onde estão os especialistas do culto? Não estão!!! Não há!!! Nem se fala nisso!!! Não convêm!!! Porque a questão é mesmo essa: A MUDANÇA no CULTO com o pretexto do espaço.

    Pois bem, Jorge Roque, toda esta questão afinal é IDEOLÓGICA relativamente ao CULTO. Por esse motivo é que alguns Bispos em Portugal, depois do Summorum Pontificum Cura (07/07/2007 - bento XVI)em que de certa forma o Papa impossibilita os Bispos de proibirem a Missa tradicional, desataram a mandar fazer mesas em pedra para não poderem ser removidas tentando evitarem assim a Missa tradicional (o código de direito canónico manda que a mesa do altar seja de pedra quando possível). Nunca se viu estes Bispos tão cumpridores de um cânon praticamente abandonado, e todos agindo ao mesmo tempo.

    Estes Bispos aguerridos contra a Missa tradicional ("Bispos de esquerda", "progressistas", ou segundo S. Pio X na Encíclica Pascendi "modernistas" e inimigos da Igreja dentro da Igreja)desconhecem a doutrina da Igreja emanada anterior ao Concílio Vaticano II!!! Sim... isso mesmo, e os seminaristas são formados hoje sem conhecimento doutrinal anterior ao Concílio Vaticano II, e o que conhecem de anterior ou é aparentemente contra o que sempre a Igreja ensinou, ou é uma forma distorcida com fim a combater a doutrina tradicional da Santa Igreja!!! Duvida? Apresente-me a dúvida que eu apresentarei as provas.

    Lembre-se que a nova missa que hoje está em quase todo o lado foi fabricada em 1969. É Card. Ratzinger (que presidia então à Congregação para a Doutrina da Fé)que chamou FABRICADO ao novo missal de Paulo VI. Missal que continha erros doutrinais e que foi emendado um ano depois, após dois Cardeais terem escrito ao Papa perplexos com tal asneira rejeitada numa das sessões do Concílio Vaticano II. Mas o Missal de Paulo VI, contra todos os peritos, contra toda a tradição da Igreja, contra Santos Doutores da Igreja, está aí expressando o que o seu fabricante redigiu e não o que a Igreja transmitiu. Enfim... muito se poderia dizer... mas, apenas para salientar os "peritos": o "desenhador" da nova missa foi Anibale Buggnini que era conhecido como um nabo no assunto. O Card. Anibale Buggnini, depois do escândalo por ter pertencido à maçonaria italiana (loja PII), foi desterrado por Paulo VI para bem longe... Mas... o que dizia este homem sobre a nova missa? Ele mesmo publicou uma obra toda a respeito da nova missa, e diz que a intenção foi ecuménica, e que por isso foram retirados à missa católica todos os elementos que não coincidiam com as doutrinas protestantes...

    Há uma corrida ideológica dos progressistas. No plano da Conferência Episcopal Portuguesa está a transformação do interior por via de medidas suaves que eliminem por completo os vestígios sociais e religiosos do catolicismo.

    Abra os olhos...

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  34. Ao José Carlos:

    Pertence ao povo?...
    Quando a igreja foi construida havia clero, nobreza e povo. Foi construída por descendentes da nobreza (não sei se tinham título), uma família apenas (se não estou em erro). Ao donatário(s) se dá o título de "patrono" (não confundir com "padroeiro") com direitos próprios e transmissíveis segundo a tradicional herança de títulos. Um dos direitos que tem o patrono é de assistir na capela mor à missa e de ser enterrado na capela mor.

    Que eu saiba, no início do séc. XX havia pelo menos um homem que tinha cadeira própria na capela mor para assistir dali à missa. Portanto, não foi o "povo" o "patrono" da Igreja.

    Naquele tempo os católicos ainda tinham a noção de para quem eram os templos. Ao contrário do que hoje se pensa estupidamente, os templos não são nem para o clero nem para a nobreza nem para o povo. Os templos são para dar culto público a Deus (cumprindo com o direito divino) e honrar o santo a quem se dedica a igreja. Em segundo lugar apenas vêm o motivo da SALVAÇÃO e SANTIFICAÇÃO dos fiéis (sejam clero, nobreza, ou povo).

    Acho que está a confundir as coisas... Se estivéssemos na Alemanha,onde metade são católicos e outra metade protestantes, já entenderia que este caso da igreja de Valverde é assunto que só diz respeito a católicos. O que acontece é que Portugal sempre foi católico dando agora a impressão de que as igrejas são de todos... o que é uma ilusão. Ou Portugal é católico e não são portugueses os não católicos, ou então o património católico é apenas da Igreja católica mesmo o que está em território português. Das duas uma!!!

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