Afinal, o que poderá esperar Valverde com esta nova legislatura e com estes, também eles, novos governantes? Estaremos nós arredados dos círculos de influência do poder? Teremos nós alguma opinião/posição/contributo a dar relativamente ao estado e futuro da nação?
Independentemente das respostas ninguém (colectivamente e individualmente) poderá ficar indiferente ao estado sócio-económico do país. Com a implementação de novas medidas de controle e redução do défice auguram-se tempos ainda mais difíceis... A Beira-Baixa já por si fustigada por fenómenos de interioridade e com encerramentos continuados de empresas que empregavam centenas de trabalhadores (grande desemprego), verá nos próximos tempos reduzidos os seus meios e respostas sociais já por si insuficientes. Voltaremos nós a uma agricultura de subsistência (aliás, na minha opinião, nunca deixou de ser um recurso de muitas famílias do interior de Portugal)?
O que se exige é que cada cidadão (e por sua vez o estado enquanto nosso representante) contribua com respostas efectivas aos grandes desafios que se nós avizinham. Não vale a pena voltarmos ao discurso demagógico de tentar apurar quem politicamente fez isto ou aquilo... afinal (... em prejuízo dos brandos costumes portugueses...) já nem para isso temos tempo (sem prejuízo, naturalmente, da responsabilização dos agentes do estado por práticas lesivas de bens jurídicos)!!! Por isso o que se pretende é um povo mais critico mais participativo, mais empreendedor, mais positivo e menos trágico (afinal não existem inevitabilidades e o ‘fado’, esse, somos nós que o escrevemos).
Laissez-faire (laissez faire, laissez aller, laissez passer) temos que lutar contra o laxismo que está entranhado no pensamento dos portugueses, e exigir mais rigor e responsabilidades!