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Empresa de mobiliário do Fundão suspende laboração
A fábrica de móveis Cartel confirmou esta segunda-feira junto dos trinta trabalhadores da empresa que suspendeu a laboração da unidade, no sítio do vale ao disco no Fundão.
Ao fim de 37 anos de trabalho, aquela que chegou a ser uma das mais credenciadas empresas do concelho do Fundão prepara-se para avançar com um pedido de insolvência, disse hoje aos trabalhadores um dos accionistas da sociedade por quotas. Num plenário improvisado à porta da Cartel, os cerca de trinta trabalhadores ouviram as explicações de Luís Carvalho que manifestou apreensão quanto ao futuro da empresa e sublinhou a vontade de “recuperar a fábrica e manter alguns postos de trabalho”, isto apesar das dificuldades em encontrar financiamento bancário, explicou o empresário que deposita na insolvência da Cartel a última esperança para uma unidade que segundo Luís Carvalho tem mais património do que dividas (“o pavilhão onde está a cartel foi avaliado pelas finanças em 800 mil euros”).
Os trabalhadores é que já não acreditam na recuperação da Cartel e esta segunda-feira de manhã à porta da fábrica não pouparam criticas à forma como os proprietários da Cartel não esclareceram os trabalhadores. Os trinta operários de marcenaria e venda de equipamentos de escritório foram informados na última sexta-feira, pelo advogado da Cartel, António Leal Salvado da situação da fábrica e à reportagem do Jornal do Fundão disseram que têm salários em atraso e que a Cartel também lhes deve os subsídios de Natal e de férias referentes a 2008.
Por: Dulce Gabriel
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ResponderEliminarAinda me lembro de tantas viagens que fiz para ir entregar moveis com o meu pai por esse país fora, fátima, leiria e outras localidades por esse país fora.
ResponderEliminarComo sempre a falta de inovação, de investimento e de capacidade de liderança afecta sempre os mesmos, os trabalhadores.
Julgo que esta "crise" está a fazer bem a muitos empresários por todo este país fora. É uma forma de despedir, receber subsídios e contrapartidas e nome da dita cuja. Até as que têm lucro despedem, então o que é que está por detrás disto tudo? Que eu me lembro, Portugal sempre foi um país com uma produtividade baixa, mesmo sem a denominada "crise" e deverá ser dos países onde ela seja normal, porque nunca saímos "dela". Veja-se o caso da Galp e da PT, que têm vindo a obter muitos lucros e que no entanto já estão a pensar em fazer uma "reestruturação" nos seus quadros (nos operários, evidentemente!). Qual é a razão?
ResponderEliminarQuem souber que diga da sua justiça.
Em relação a esta notícia, também já estive para publicar algo do género. Mas assim, aproveito a "boleia" para dizer mais algumas coisas...
ResponderEliminarDesde o fecho da ERES, que algo estvava prestes a acontecer no nosso concelho. Estava-se só à espera de algo mais "nacional" para criar um motivo mais válido, para que outras empresas seguissem o mesmo caminho. Não nós podemos esquecer, que mesmo no séc.XXI, o Interior continua algo de distante para os lados de S.Bento e de Belém. E só estámos a duas horas de distância e não a seis e oito, como à cerca de vinte anos. Mas tudo o que é feito é para ajudar Porto e Lisboa, o resto continua a ser paisagem. Somos um povo de brandos costumes, só servimos para apertar as mãos aos políticos em tempo de eleições. Só nesta altura é que existimos. Votámos em determinadas personagens porque são do partido do antigo punho ou das setas, e porque as suas famílias até são oriundas destas paragens. Depois, estámos quatro anos no esquecimento, no limbo político. Claro que os tubarões empresarais vêem este pedaço de terra interior como uma oportunidade para fazer fortuna com baixos salários, porque as pessoas de cá têm trabalhos precários, tipo Alentejo, e que aceitam-nos por uma questão de sobrevivência. O poder político está interessado nos impostos que vão colectar com estas empresas durante um determinado período, depois de terem o deles, amigos façam as malas e regressem daqui uns tempinhos se necessitarmos dos vossos préstimos. Mas levem o vosso que nós já cá temos as contrapartidas estipuladas.
Onde está uma legislação que proteja as pessoas e as suas famílias? Onde está um controlo sério destas vergonhas diárias?
Se grande parte destas empresas ainda têm encomendas para os seus produtos, qual é a verdadeira razão desta tragédia? Já se viu que o governo está mais interessado em vender propaganda em vez de governar. Infelizmente, a nossa classe política e legislativa, neste momento, é constituida por mentes vazias sem ideias e ideiais.
A Cartel é só mais um exemplo deste universo. Mas o efeito dominó está para continuar. Querem apostar?
Pelo que vejo a culpa é sempre dos empresarios e das pessoas que tentam fazer algo melhor, que é criar postos de trbalho, criar riqueza no concelho/pais criar riqueza para as suas proprias familias, mas na conjuntura em que se vive, vende-se a quem? As pessoas estão cheias de dividas, as que não tem vão ao banco e não conseguem emprestimos derivado à conjuntura, não existe liquidez nos mercados, a Espanha está igual ou pior que nós, França Iden, Alemanha Iden, e há certas pessoas que dizem que é por falta de liderança, falta de inovação quem paga é sempre os trabalhadores, mas esquecem que contribiui mmuito para esta triste noticia foram os seus proprios empregados, onde fazim concorrencia desleal aos seus proprios donos, fazendo trabalhos extras, ou não davam a sua produtividade que deviam dar, estavam-se a borrifar para essa questão, preocupados sim com o seu salario ao fim do mês.
ResponderEliminarE os patrões, mesmo que depois de reformados iam lá buscar o seu, também não é considerado trabalho extra? Hum, não deve ser ordenado extra à extra reforma.
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