«Reforma Administrativa»
“A constituição de uma “espécie de capital do concelho” que agrupe o Fundão, Aldeia de Joanes, Aldeia Nova do Cabo, Donas, Alcongosta e Valverde é um dos cenários em aberto na discussão
sobre o futuro das freguesias do concelho do Fundão. A sugestão foi apresentada pelo presidente da CMF num debate realizado na autarquia Explicando que a CMF não vai protagonizar qualquer “ingerência” no plano, Manuel Frexes afirmou tratarem-se “de cenários orientadores”, cabendo a cada freguesia dizer o que pretende.”
Respeito a opinião pessoal do Dr. Manuel Frexes. No entanto julgo que a sua ideia é manifestamente ruinosa e descaracterizadora!
Valverde tem critérios demográficos muito positivos e distintivos das restantes freguesias do concelho.
Valverde tem Actividades Económicas e património natural, Património histórico e Edificado, Património Cultural, Associativismo... Valverde tem uma individualidade muito intrínseca
que tem de ser preservada.
Havendo uma reforma administrativa essa nunca (!!!) poderá, sequer, beliscar esta ideia de autonomia e de traços que demarcam bem a identidade de Valverde com a das restantes freguesias.
Julgo que os valverdenses não se poderão alhear deste debate. Está em causa a nossa identidade distintiva enquanto povo, a nossa autonomia!
Naturalmente que não será o presidente da CMF a decidir a reorganização administrativa do país. Mas quando quem deve proteger e zelar pelo património cultural e individual do seu concelho e respectivas freguesias já pensa assim...
(in JF, ver mais em )
Concordo inteiramente consigo e espero que para além da população,a Junta de Freguesia marque a sua posição e que oiça a população. Claro que primeiro de tudo temos de analisar e estar consientes dos pró e dos contras.
ResponderEliminarQuanto a mim os contras pesam mais.
Quem cala consente,não podemos admitir isto...
Boas. Por acaso acho que essa freguesia interurbana até faz sentido. Os argumentos que apresentas para a não existência é que, infelizmente, já não fazem sentido nenhum. Valverde não possui já qualquer identidade própria para além da fama que temos. Esta descaracterizada a todos os níveis, social, cultural, demográfico etc... Valverde é um subúrbio sem identidade, nem é carne nem é peixe, prova disso é que nem os habitantes se entendem uns com os outros. Esse argumento de ser uma terra com património, com industria, com colectividades etc... Todas as aldeias envolvidas têm. Que temos nos de diferentes? Nada! Podias pegar em qualquer dessas coisas e coloca-lá em qualquer outra terra que ia dar ao mesmo. Ninguém iria dizer e tal aquilo tem ar de ser de valverde. A única coisa que nos caracteriza é fazermos muito barulho e sermos bons clientes dos bares das festas e isso penso não ser critério suficiente para a manutenção da freguesia. Digo-te isso com magoa de valverdense. Penso que tens essa visão poética da tua terra porque estas longe, se vivesses cá todos os dias como eu pensavas de forma diferente. Um abraço
ResponderEliminarSaudações ao conterrâneo (“Anónimo” ) pela participação activa que fez neste debate. Tal demonstra, desde logo, consciência do seu/nosso dever de participação numa cidadania participativa. Como sempre a sua opinião é bem vinda e respeitável. No entanto e no que diz respeita à publicação por mim submetida no blog ela reflecte aquilo que é a minha opinião (que foi expressa em traços muito simplórios e sem pretensão, de longe, de ser um estudo “sociológico”, “demográfico” etc... ). Cabe a cada leitor verter no campo “comentários” a sua mais livre opinião (naturalmente: convergente ou divergente) sobre a temática proposta.
ResponderEliminarNo entanto discordo frontalmente da sua opinião:
É gritantemente falso que o povo de Valverde esteja “...descaracterizada a todos os níveis, social, cultural, demográfico etc... Valverde é um subúrbio sem identidade, nem é carne nem é peixe, prova disso é que nem os habitantes se entendem uns com os outros....”. Os valverdenses não são um povo socialmente falido! Nem o seu fado está traçado ao esquecimento!!!
No que diz respeito ao argumento de que os critérios encaixam indistintamente em qualquer outra freguesia: Naturalmente que o que se está aqui a debater são os valores e realidades de Valverde e não de outras freguesias. Carrear argumentos para este debate relativamente às outras freguesias não faz sentido... cada conterrâneo defende os interesses da sua freguesia....
A defesa que eu fiz nem é “poética” nem pessoalmente estou afastado ou desfasada da realidade local ou concelhia, apesar de “longe” como disse. Conheço de forma abastada a realidade da nossa freguesia como conheço geograficamente as freguesias visadas (prova disso é o facto de ter sido eu o impulsionador deste debate)!
È verdade caro conterrâneo não somos um povo conformista e nem de calar. Somos conhecidos por sermos um povo “contestatário” ( a que lhe chamou “barulho”). Isto é, ao contrário do que diz, uma prova inequívoca de que temos uma personalidade bem distintiva. Se não houvessem divergências e discórdias, ai sim, seriamos um povo arruinado e sem personalidade e com uma sentença de morte decretada! A crítica é um sinal de vitalidade de uma sociedade!
Temos “critérios” para continuarmos como estamos, os valverdenses devem recusar a perda da nossa identidade, recusando a transferência competências administrativas para essa entidade indeterminada ou qualquer outra que nos faça perder a nossa condição de freguesia e a nossa Junta de Freguesia.
Amigo Luís, fez e faz muito bem em expressar a sua opinião e fomentar o debate, coisa que já não acontece neste fórum há muito tempo. Os seus argumentos sai pertinente e de elevada validade, no entanto, mais uma vez, terei se discordar consigo num ponto. Os valverdense não são contestatarios, muito pelo contrario. A história recente da aldeia é disso prova. O povo de valverde encaixa tudo, Faz muito ruído mas nunca formaliza um protesto. Ano após ano que a aldeia ten sido botada ao maior desprezo por parte da câmara e vejamos que se fez? Nada. Isso não é motivo para não contestar a perda da soberania enquanto freguesia mas aposto consigo que se tal vier a acontecer, para além de umas vozes ruidosas nos cafés, ninguém ira mexer uma palha...,
ResponderEliminarDe qualquer forma, acho saudável debater-se a questão.
ResponderEliminarSaudações
Ricardo
Valverde vai passar, daqui a poucos anos, a constar no mapa concelhio como um bairro do Fundão, ou será abrangido como sendo parte da freguesia do Fundão. Podem contestar, argumentar, tudo aquilo que acharem a que tenham direito, e com razão... mas quem manda não são os locais, são os diários da república e ponto final.
ResponderEliminarPovo cego
Falar de Valverde como sendo uma freguesia com uma identidade própria, neste momento, é um perfeito absurdo. Valverde é igual a tantas outras freguesias espalhadas por este país. Se não reúne todos os pressupostos necessários para ser considerada freguesia, então terá que se sujeitar a um novo mapa territorial, e nada mais há a dizer.
ResponderEliminarMas que raio, Valverde é uma aldeia como qualquer outra portuguesa. Dizer que tem isto ou aquilo não chega para nada. Só os residentes e oriundos daí é que sabem onde fica Valverde no mapa de Portugal. Já agora para quando o fecho da escola primária? E de quem é a culpa? Pois é, quando se fartam de dar tiros nos próprios pés, palavras para quê? Que monumentos importantes existem por aí? Que obras históricas existem? Que factos importantes contribuiram para o desenvolvimento do concelho, porque seria uma aberração falar-se a nível nacional, foram realizados na aldeia? Qual é o seu produto mais conhecido a nível nacional? Responda quem tiver respostas concretas.
Observador
Com a desertificação existente, com a conjuntura nacional, com o abandono das suas raízes por parte das populações, e com todas as contrariedades inerentes do interior do país, nada há a fazer. É triste, mas é a dura e cruel realidade para a sobrevivência do concelho do Fundão e das suas freguesias.
ResponderEliminarJoão Cunha, Aveiro
Caro observador,
ResponderEliminarRespondou-lhe com outra pergunta. E o senhor o que já fez por Valverde?Ou ao que me parece nem de cá é...quem está de fora não racha lenha.
Quantos ao monumentos históricos?O que é que tem as outras?Então se formos a isso vai tudo embora.Fica Castelo Novo que a única aldeia histórica do concelho do Fundão.
Valverde tem a sua própria identidade,aldeia com mais jovens do concelho do Fundão,Grupo Desportivo que está a movimentar os jovens Valverdenses com o futsal (ou não sabe disso?só vê o mau...) tem os escuteiros que para alem dos jovens de Valverde vem outros para cá pelo bom reconhecimento que tem e claro,não nos podemos esquecer principalmente do presépio ao vivo que cada vez é mais conhecido e eu falo com conhecimento de causa,o Rancho que leva a cultura, o folclore e o nome Valverde por todo o país e faz um festival que e raro ver-se festivais com tanta gente (e eu percorro muitos), o centro de dia que faz um trabalho impecável e que está prestes a abrir dos maiores lares do concelho,a AJUVAL que fez um festival como nunca se tinha visto a nível,pelo menos,do concelho. Desculpem aquelas associações a que eu não fiz referência por esquecimento,não faço referência a pelo menos duas que também muito contribuem para a freguesia para não haver conversas desencerarias.
Não se trata só de uma razão de identidade mas sim de proximidade,a única coisa que liga as pessoas ao estado,para alem dos constantes cortes,são as Juntas de Freguesia e se já se queixam de abrir só duas vezes por semana á noite então o que as pessoas iram dizer,e com toda a razão,de estar sempre fechada?É também uma questão de mobilidade,se há idosos que se até já na sua própria custa andar o que seria ainda mais longe?
A nível nacional,Valverde 3D diz lhe alguma coisa?Para muitos não é nada mas no fundo á muito,se não o porque de tanta visibilidade a nível da comunicação social nacional?
Para além do 3D e de tudo o que eu disse há muitas outras coisas.Valverde tem defeitos mas eu nem os vou referir já que o senhor os refer todos e mais alguns.E já agora,o porque de tantos “elogios” da parte da câmara e outras identidades (recorde-se dos discursos) quando vem a Valverde?Será só cinismo?Custa-me a acreditar…
Caro observador,
ResponderEliminarRespondou-lhe com outra pergunta. E o senhor o que já fez por Valverde?Ou ao que me parece nem de cá é...quem está de fora não racha lenha.
Quantos ao monumentos históricos?O que é que tem as outras?Então se formos a isso vai tudo embora.Fica Castelo Novo que a única aldeia histórica do concelho do Fundão.
Valverde tem a sua própria identidade,aldeia com mais jovens do concelho do Fundão,Grupo Desportivo que está a movimentar os jovens Valverdenses com o futsal (ou não sabe disso?só vê o mau...) tem os escuteiros que para alem dos jovens de Valverde vem outros para cá pelo bom reconhecimento que tem e claro,não nos podemos esquecer principalmente do presépio ao vivo que cada vez é mais conhecido e eu falo com conhecimento de causa,o Rancho que leva a cultura, o folclore e o nome Valverde por todo o país e faz um festival que e raro ver-se festivais com tanta gente (e eu percorro muitos), o centro de dia que faz um trabalho impecável e que está prestes a abrir dos maiores lares do concelho,a AJUVAL que fez um festival como nunca se tinha visto a nível,pelo menos,do concelho. Desculpem aquelas associações a que eu não fiz referência por esquecimento,não faço referência a pelo menos duas que também muito contribuem para a freguesia para não haver conversas desencerarias.
Não se trata só de uma razão de identidade mas sim de proximidade,a única coisa que liga as pessoas ao estado,para alem dos constantes cortes,são as Juntas de Freguesia e se já se queixam de abrir só duas vezes por semana á noite então o que as pessoas iram dizer,e com toda a razão,de estar sempre fechada?É também uma questão de mobilidade,se há idosos que se até já na sua própria custa andar o que seria ainda mais longe?
A nível nacional,Valverde 3D diz lhe alguma coisa?Para muitos não é nada mas no fundo á muito,se não o porque de tanta visibilidade a nível da comunicação social nacional?
Para além do 3D e de tudo o que eu disse há muitas outras coisas.Valverde tem defeitos mas eu nem os vou referir já que o senhor os refer todos e mais alguns.E já agora,o porque de tantos “elogios” da parte da câmara e outras identidades (recorde-se dos discursos) quando vem a Valverde?Será só cinismo?Custa-me a acreditar…
Ah, quanto á expressão "Só os residentes e oriundos daí é que sabem onde fica Valverde no mapa de Portugal." não se esqueça de todos os intercâmbios que a AJUVAL já fez e que todos os visitantes ficaram maravilhados.
ResponderEliminarObviamente que respeito a sua opinião como todas as outras,desde que a colocem de forma educada como o fez e muito bem,qualquer coisa que e diga que possa vir a ofender alguem,que é de longe a intensão que eu tenho,desculpem.
Ah, quanto á expressão "Só os residentes e oriundos daí é que sabem onde fica Valverde no mapa de Portugal." não se esqueça de todos os intercâmbios que a AJUVAL já fez e que todos os visitantes ficaram maravilhados.
ResponderEliminarObviamente que respeito a sua opinião como todas as outras,desde que a colocem de forma educada como o fez e muito bem,qualquer coisa que e diga que possa vir a ofender alguem,que é de longe a intensão que eu tenho,desculpem.
Pois, culturalmente poderá ser que tenha dado algum contributo, mas num país onde a cultura é posta de parte, será que valerá a pena continuar a receber elogios... em vão. Honra seja feita às associações a nível nacional, mas para um povo como o nosso não passa de meros passatempos, infelizmente. O que conta, nestes dias tão sofridos (para alguns nem tanto) são as produções industriais e fixação de popoulações através delas. E em Valverde, tirando algumas oficinas mais "familiares", onde está a tal produção de riqueza económica?
ResponderEliminarCom o devido respeito:
O GDV já teve dias de ouro nos anos oitenta e noventa... do século passado, como vê jc 94 até racho por aí alguma lenha...
Observador
Meus amigos, os números não mentem. O concelho do Fundão tem vindo a envelhecer. Aspeto válido para grande parte do território nacional. As escolas estão a fechar e no interior então e vê-las desaparecer do mapa. Daí ele ser cobaia para os ditos megaagrupamentos, que aí chegarão, não tenham quaisquer dúvidas. A malta nova, que aí reside, tem prazo de validade, sobretudo os que chegam aos cursos superiores que depois vão fazendo das suas aldeias um mero local de férias ou de passagem para visitar avós e familiares. As associações dita recreativas só chegam para entreter a malta e pouco mais, organizando, e muito bem, alguns eventos e cativando a pouca malta nova até a uma certa idade.
ResponderEliminarOs que ainda tentam manter alguma coisa de pé são criticados, porque faz parte do folclore cultural enraizado nos povos que povoam as localidades.
Remédio para isto tudo: Criar cinco freguesias para Castelo Branco: Fundão;Covilhâ; Castelo Branco; Penamacor e Sertã.
Poupava-se em muita coisa...