Num destes dias estive a ver a origem da publicação deste blog. para poder melhor compreender e entender a sua razão de ser. Uma das mensagens que mais me marcou foi a do Mango- Miguel Ângelo- que dizia entre outras coisas "... falar da história da nossa terra...". Realmente, ultimamente, temos vindo um pouco a esquecer este tema. Espero daqui para a frente debruçar-me um pouco mais sobre este assunto, embora os meus conhecimentos sejam aqueles publicados e muito bem pelo Sr. Alberto Clemente. Como todas as localidades existentes por este país fora, poucas são as publicações feitas sobre a nossa terra, neste caso concreto. Quanto mais informações se recolherem melhor. Por isso peço a quem tenha alguma documentação, factos ou estórias para as publicarem no blog. Realmente era uma ideia interessante. Mas também devemos publicar acontecimentos actuais e dar a nossa opinião, obviamente.
Um abraço a todos e espero que este tema tenha algum sucesso aqui no blog e contribuição de todos.
Na altura falou-se sobre o que o blog poderia vir a ser... Hoje já sabemos o que é. Mas efeitos visíveis só mesmo os negativos. Não sei se já se alcançou alguma coisa através do blog... Vamo-nos entretendo.
ResponderEliminarAcerca da nossa história lembro-me de dois reptos lançados há pouco tempo, para a recolha de fotos ou videos sobre Valverde e também sobre o Grupo Desportivo que surtiram o mesmo efeito nos valverdenses, quase nenhum. É preciso procurar para que as coisas apareçam. O amigo Alberto Clemente é que domina aí a pesquisa. Vamo-nos ficando com as suas pérolas, que são de agradecer.
Haja saúde!
Como todas as histórias existem várias teorias, não é só aquelas que conhecemos que são portadoras da verdade. Assim como existiram grandes civilizações às quais mistérios ainda hoje lhes são atribuídas, a nossa história poderá também ser um pouco diferente do que a que conhecemos, desde a Pouca Farinha ao outeiro e à antiga capela do Espírito Santo.
ResponderEliminarMas para isso necessitamos de algum tempo para escrever e dialogar.
Até breve
José do Nascimento
à cerca de uns 16 anos, com a colaboração de alguns colegas de faculdade, visitei a capela de S. Domingos durante a festa. Pois, só nessa ocasião é que ela costuma estar aberta ao público. Qual foi o nosso espanto quando no tecto se nos deparou um símbolo de uma Ordem bem anterior ao reinado de D.Dinis. Esse símbolo ainda pode ser visto em várias "capelas" da Penísula Ibérica e da França, país onde essa Ordem é oriunda.
ResponderEliminarOutro local que sempre me despertou curiosidade desde a minha infância a caminho do Açude, nas Insuas, foi a denominada "campa do mouro". Ora bem essa campa não pertence a mouro, mas sim a cristão, embora oriundo do Oriente, daí a tal denominação feita pelos nossos antigos. Na zona que delimita a Várzea do Barreiro, encontra(va?)-se uma pequena escultura de granito representando uma cruz, "a Cruz das Almas" era o nome dado a este tipo de monumento em tempos bem remotos e que eram postas em locais com um propósito bem definido. O mais curioso é que para se chegar a estes lugares vindo do Norte existe uma ponte " a ponte romana" como é conhecida, mas que de romana não tem nada. É uma ponte do período gótico, pela sua construção. Daqui para a frente é preciso entrar em caminhos que a Igreja tentou apagar da sua/nossa História com a ajuda de um rei francês ávido de poder, e que deu origem à célebre Sexta-feira 13. Mas isto são teorias, a documentação desta época por alguma razão "desapareceu". Somente o rei D.Dinis tentou proteger estes vestígios ibéricos, daí só aparecer documentos muito leves sobre o lugar da Pouca Farinha...
Não se trata de ficção, mas sim de unir locais e vestígios para perceber para que servia a nossa terra, ou zona envolvente há alguns séculos. Basta traçar no mapa de Portugal uma recta da capela de S.Domingos até Tomar e verificar se existem mais destas "capelas" até esse lugar por pessoas interessadas nas Ordens Guerreiras (Templários) para tirar daí algumas conclusões. Mas isto são teorias, que não têm muitas bases para as sustentar porque elas foram, como já referi "apagadas"...
José do Nascimento
Há e não ...á cerca
ResponderEliminarAcho que sou um pouco mais positivo nessa análise… Se por um lado existe uma ‘facção’ que nada quer e deixa fazer inutilizando, menosprezando, aquilo que, alguns, fazem pelo desenvolvimento (a todos os níveis) da nossa terra. Verdade seja dita a outra ‘facção’, muito mais representativa, tem conseguido inovar e distanciar-se, decisivamente, dessa terrível e devastadora ‘mentalidadezinha’ que é desprezível e só nos tem afundado enquanto povo.
ResponderEliminarNuma verdadeira democracia o debate de ideias é sempre construtivo. A verdade é que antes não havia debates sociais sobre questões que diziam a todos respeito. Agora debatemos mais assuntos de interesse comunitário e assumimos uma postura mais cívica ao manifestarmos a nossa opinião de uma forma aberta, livre e descomplexada. Tenho a certeza que estes debates têm sido acompanhados atentamente pelos dirigentes da nossa terra e que isso os terá condicionado na tomada de decisões.
Este blog é sem dúvida um excelente difusor para os nossos conterrâneos que se encontrem fora, as noticias os debates, iniciativas são bem prova disso.
Enfim, para aqueles que nada fazem e nada deixam fazer só lhes resta mesmo o conformismo de que as mentalidades estão a mudar. A inércia do antigamente serve de motivação para a mudança!
Tudo porque temos capital humano capaz de revolucionar e demonstrar que podemos e somos capazes de fazer tão bem ou melhor que os outros!!! Por isso força Blog!!!
Ass. Luís Gonçalves
A origem da nossa denominação "soviéticos" vem dos anos 50, do século passado. Tudo aconteceu num jogo de futebol entre Valverde e a Atalaia do Campo. Nessa altura havia grande fervor desportivo e quem perdia, geralmente não aceitava de bom grado. Foi o que aconteceu aos da Atalaia, que perdendo com a malta de cá iniciaram uma rija que lhes saiu caro. Foram escorraçados de Valverde a tiro, a pontapé e à pedrada. E foi daí que o povo de Valverde começou a ser chamado de "soviéticos", que na altura eram tidos como um povo agressivo devido à existência da "guerra fria". Daí para a frente esta alcunha foi transmitida de geração para geração até hoje, só que união é coisa que pouco se vê por estas bandas.
ResponderEliminarAbraço
Miguel Salvado
Não sendo muito uma área que eu domine, a História, julgo interessante saber a origem geográfica das famílias que se instalaram em Valverde e arredores. Através dos apelidos de família é, segundo pessoas deste "ramo", possível estabelecer uma certa ligação a locais onde esses apelidos eram oriundos, ou mais acentuados. Assim sendo foi possível verificar através de uma pesquisa pessoal, que a uma boa parte dos nossos apelidos são oriundos de zonas como o centro de França, Norte de Itália e norte de Espanha (Astúrias e Galiza):
ResponderEliminarBatista (Baptista);Amoreira; Clemente; Raimundo; Nascimento - França/Itália;
Alves; Gonçalves; Oliveira;Silva; Salvado; Esteves- frança/Espanha.
Estes são alguns dos nomes que pesquisei.
Afinal somos um pouco "Nortenhos" daí a nossa fibra e feitio.
Abraço
As pessoas formaram a aldeia de Valverde não por fugirem de formigas, ou de um bói que pastou junto ao outeiro, histórias típicas da Beira Baixa, mas sim pelo simples facto de este ter sido o local que mais lhes conferia protecção contra bandos de saqueadores, existentes nessas épocas remotas com muita frequência. E também devido às suas terras fertéis envolventes. Era muito mais fácil poderem defender-se e abrigar-se em locais mais elevados do que em planícies. E como esses "ataques" deveriam ser sazonais, nada melhor que este local, que na altura deveria estar rodeado de vegetação mais densa.
ResponderEliminarQuanto aos nomes, sim senhor, de facto a maioria das famílias de Valverde são provenientes do Norte de Espanha Norte e Centro de França. Quanto ao Norte de Itália, parece-me ser mais díficl, mas não se sabe...
ResponderEliminarQuando houve e Reconquista Cristã e a vontade de fixar população nas zonas conquistadas, depois com a 1ª Dinastia de reis portugueses, foi pedido a várias Ordens Guerreiras apoio para tal empreendimento. Ora com esses guerreiros religiosos vinham sempre soldados e suas famílias à procura de nova fortuna e de realizar os designos cristãos. O mouro não deveria voltar a reconquistar estas paragens.
José do Nascimento
Para naõ maçar mais as pessoas do blog aqui vai uma última informação que decorreu de uma pesquisa feita com outros amigos que gostam deste tipo de trabalho:
ResponderEliminaro nome Valverde deriva da palavra hebraíca Baal-Berith. Esta palavra significa "Senhor da Aliança" e foi introduzida na Península Ibérica pelos colonizadores fenícios e depois, pelos chamados novos-cristãos (judeus), foi transcrita para o português e castelhano como Val- verde, de forma a enganar os inquisidores e a indicar aos seus que naqueles sítios moravam pessoas da mesma crença. Durante os Descobrimentos este nome foi levado para o Brasil com o mesmo intuito.
Segundo um texto antigo da diocese da Guarda elaborado pelo cronista Paio Pires, no século XIII, foi dado este nome a algumas terras das Beiras, que mais tarde viriam a ser modificados não se sabe ainda muito bem o porquê. Quem sabe se o nosso não terá resistido ao tempo desde essa época...
Abraço
José do Nascimento