sexta-feira, 16 de março de 2007

Soviético ou não Soviético?

Amigos, anda tudo sem inspiração para a escrita excepto o nosso amigo Alberto que publicou no seu blogue (O Valverdinho) o seguinte texto que reproduzo aqui sem a sua autorização. De certo não irá ficar chateado. Outra coisa, não esqueçam o programa MANTA DE OURELOS da RCB no próximo sábado entre as 11h e as 13h. Abraço...


"Soviéticos! Porquê? (de Alberto Clemente in VALVERDINHO)

Tenho ouvido falar ultimamente do epíteto que foi lançado aos Valverdenses.Há várias interpretações de acordo com as pessoas e as situações de qualquer momento.A mim parece-me, e esta é a minha convicção,que este cognome virá dos anos de 1976 ou 1977,quando se realizou o motocrosse no campo do Fundão,hoje estádio municipal,e que o nosso conterrâneo Tó Pombinho ganhou inesperadamente.Pois o nosso conterrâneo ganhou as duas mangas entre quedas e assobios e muitos aplausos dos Valverdenses.Aconteceu que no final a organização não o queria declarar como vencedor invocando razões totalmente absurdas.Perante a insatisfação e o protesto a gente de Valverde decidiu investir à carrinha da organização e dali retirar a taça e trazê-la em vitória para Valverde ,celebrando também o nosso novo herói.Ora,por esta atitude ou por despeito nos foi lançado o epíteto de soviéticos.
Mas não posso deixar passar esta oportunidade para prestar aqui a minha homenagem ao Pombinho.Lembram-se de quando,aos domingos.o seguiamos para todo o lado com a fé da glória e da vitória? Quando ele voava baixinho com ele voavam as nossas ilusões.Quando ele caía eram as nossas ilusões que se desmoronavam.Mas,quando ele se levantava ,levantava-se o nosso orgulho e a nossa determinação.Nele punhamos nós, seus conterrâneos, a nossa vontade e o orgulho de Valverdenses.Ele era o espelho de uma terra que se queria impor contra as dificuldades e os obstáculos que nos impunham.Aqui deixo,pois, a minha homenagem ao homem voador que estendo a todos aqueles que na altura o acompanhavam.Fica a sugestão: os que gostam de desportos motorizados não se recordarão dele e não poderão prestar-lhe uma simples homenagem?"

5 comentários:

  1. Agora somos conhecidos por "Soviéticos", e para uma grande maioria com orgulho, mas antes disso éramos conhecidos por "Bacocos", ou "Macocos" no português da altura. Será que já ninguém se lembra disso? Ou será que ninguém se quer lembrar disso? Uma vez que não abona muito a nosso favor.

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  2. Oi Ciba! Mas que boa contribuição esta. Com que então eramos os "Bacocos"? Tens dados para poder desenvolver esse facto? Agora fiquei curioso. Abraço

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  3. caros, è sempre saudável qualquer discussão do que realmente nós somos, parece que queremos ser muito mas frequentemente não somos quase nada!
    Os soviéticos parece que começa a aparecer pelo facto de recebermos e nos despedirmos com calorosas pedradas dos machos que se dirigiam à nossa terra para conquistar as nossas formosas moçoilas! Mais tarde acimentado por ser algo irrasciveis e unidos no exterior quando os problemas surguiam e tambem por mantermos ao longo dos anos uma votação sempre de esquerda! Falta só o espírito mais unido e rivindicativo!

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  4. Os dados que tenho em relação a sermos "Bacocos" são do mesmo género que os para sermos "Soviéticos". Os meus avós sempre me disseram que o pessoal de Valverde era conhecido como tal, e os meus pais também se lembram do mesmo. E pelo que tenho ouvido dizer o nome de "Soviéticos" aparece só a seguir ao 25 de Abril, já se perguntaram como é que nos designariam antes dessa altura? Se calhar era mesmo por "Bacocos" ou "Macocos" como alguns dirão.

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  5. Da discussão nasce a luz e estamos a ver que a informação poderá vir de muitos lados.Não tenho conhecimento dos epítetos anunciados,mas lembro-me que as gentes da vila nos tratavam como sendo da terra do nada não e do bem haja.Isto é,quando se queria responder que não a uma pessoa utilizava-se o termo nada não,que era apenas um termo respeitoso.Quanto ao bem haja,ele há melhor forma de agradecer a alguém do que usar este termo próprio e popular?
    Vamos ,assim,descobrindo a nossa diferente identidade!
    Alberto Clemente

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